Educação em saúde para pacientes com neoplasia gastrointestinal em quimioterapia antineoplásica e a qualidade de vida, capacidade funcional e fadiga: um estudo quase experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: MENDES, Lorena Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/999
Resumo: O câncer tem ganhado destaque, convertendo-se em um problema de saúde pública mundial. Neste cenário, destacam-se as neoplasias gastrointestinais devido ao seu perfil de incidência e morbimortalidade. Cita-se a quimioterapia antineoplásica como uma das modalidades de maior escolha para o tratamento. Ressalta-se que esta pode levar ao aparecimento de eventos adversos, podendo acarretar na interrupção do tratamento ou mesmo morte do paciente. Portanto, estratégias para mensurar a qualidade de vida, capacidade funcional e fadiga desses pacientes, bem como intervenções que promovam a redução dos sintomas devem ser encorajadas. Este estudo teve como objetivo verificar o impacto da educação em saúde sobre a qualidade de vida, capacidade funcional e fadiga em pacientes com neoplasia gastrointestinal em tratamento quimioterápico. Trata-se de um estudo quase experimental, conduzido de acordo com as recomendações do Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT), realizado de abril a outubro de 2019, na central de quimioterapia de um hospital universitário do Triângulo Mineiro. Participaram do estudo 12 pacientes com diagnóstico de câncer gastrointestinal, divididos em dois grupos; intervenção, o qual participou da atividade educativa, e comparação, que recebeu apenas as orientações iniciais do tratamento. Utilizou-se um questionário pré-elaborado pelas autoras contendo variáveis sociodemográficas e clínicas, além do EORTC QLQ-C30, Escala de desempenho de Karnofsky e Escala de Fadiga de Piper revisada. A intervenção foi realizada em quatro momentos, de forma individual e assíncrona, sendo que no primeiro foi entregue um panfleto contendo informações referentes ao tratamento, eventos adversos e manejo dos sintomas. Para fins de comparação da eficácia da intervenção entre os grupos, adotou-se o teste não paramétrico U de Mann-Whitney e o teste de Wilcoxon. Como resultados, encontrou-se que a média de idade foi de 58,3 anos, a maioria procedente do município de Uberaba, casados, aposentados, cor da pele branca, católicos, com ensino médio completo e renda familiar de um a dois salários mínimos/mês. O tipo oncológico mais prevalente foi o câncer colorretal, a colectomia o procedimento mais realizado, a maioria em estadiamentos a avançados e o protocolo quimioterápico mais utilizado a associação entre fluoracila, leucovorin e oxaliplatina. Evidenciou-se que houve declínio de todas as variáveis estudadas antes do tratamento e após o terceiro ciclo. Embora a magnitude do efeito da intervenção tenha sido pequena, evidenciou-se que houve uma redução maior da capacidade funcional no grupo de comparação em relação ao de intervenção. Já em relação à fadiga, infere-se que houve um aumento mais acentuado dos escores no grupo de comparação em relação ao de intervenção. Embora os resultados não tenham sido estatisticamente significativos quando analisados descritivamente, observa-se a importância da intervenção educativa, reforçando a importância do processo ensino-aprendizagem para o paciente oncológico em quimioterapia, apresentando-se como uma ferramenta fundamental na assistência de Enfermagem.