Avaliação da qualidade de vida e presença de fadiga e distúrbios do sono em pacientes em tratamento de quimioterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVA, Luciana de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/419
Resumo: Os profissionais de enfermagem que atuam no âmbito oncológico enfrentam desafios para realizar um cuidado integral ao paciente acometido pelo câncer. É necessário que as percepções e/ou sensações em relação à doença, ao tratamento e aos outros vários processos que os pacientes estão passando neste contexto propiciem a qualidade de vida (QV) deles. Há diversos sintomas decorrentes do tratamento de antineoplásicos, independentemente de sua característica, e, quando esses sintomas ocorrem juntos, podem ter maior impacto, do que se ocorressem isoladamente, na função física, no estresse e na QV, dentre os principais relatados tem-se a fadiga e os distúrbios do sono. Portanto este estudo objetivou verificar a influência da fadiga e dos distúrbios do sono na qualidade de vida relacionada à saúde dos pacientes oncológicos em tratamento de quimioterapia. A coleta de dados foi realizada na Central de Quimioterapia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, localizado em Uberaba, e na central de quimioterapia (QT) do Hospital Dr. Hélio Angotti, da cidade de Uberaba, Minas Gerais. Foram utilizados instrumentos sociodemográficos e clínicos, Índice de Qualidade do Sono de Pittsburg (PSQI), Escala de Fadiga de Piper e o EORTC-QLQ-C30. Na análise de dados, foi utilizado o Statistical Package Social Science (SPSS versão 21), o valor de 0,05 foi considerado estatisticamente significante. Foi utilizada análise descritiva a partir de frequências absolutas e percentuais para as variáveis categórica se medidas de centralidade e de dispersão (desvio padrão ou mínimos e máximos) para as variáveis numéricas. A análise bivariada incluiu medidas de correção (Pearson para variáveis quantitativas). Em relação à influência simultânea de variáveis demográficas, clínicas, fadiga e PSQI, utilizou a análise de regressão linear múltipla para cada um dos domínios da escala EORTC-QLQ-C30. Foram entrevistados 163 pacientes, sendo 67 do sexo masculino (41,1%) e 96 do sexo feminino (58,9%) e a média de idade predominante foi maior ou igual a 60 anos (47,9% dos pacientes abordados). Dentre os diagnósticos oncológicos, os de mama e útero apresentaram maior frequência (29,4%), seguido do sistema gastrointestinal (25,8%). Quanto aos distúrbios do sono analisados pelo PSQI, 92 (56,4%) não possuem comprometimento da qualidade subjetiva do sono. E a fadiga leve obteve maiores resultados em 93 pacientes (57,1%) e a dimensão comportamental desta escala foi a mais afetada com 3,12 de média e a menos afetada foi a sensitiva com 2,69. Nas dimensões do EORTC-QLQ-C30, a função cognitiva (FC) foi a com escore mais elevado, 79,85, e, na escala de sintomas, a fadiga foi a mais relatada sendo a de maior escore (32,03). Na regressão linear múltipla, utilizou-se o escore global do PSQI, a escala de Piper, a idade e o sexo como fatores preditivos na qualidade de vida. Cabe ao profissional saber reconhecer os sintomas para uma boa assistência prestada, como os distúrbios do sono e a fadiga, que em sua maioria são relatados pelos pacientes. Assim torna-se possível ampliar e melhorar a qualidade de vida destes pacientes.