Comportamentos de saúde entre idosos com hipertensão arterial sistêmica residentes em uma zona rural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: MARTINS, Nayara Paula Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/105
Resumo: O acelerado envelhecimento da população vem acompanhado do aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como a hipertensão arterial sistêmica (HAS). A presença de comportamentos negativos à saúde, como etilismo, tabagismo, inatividade física e elevado consumo de sal, somados ao sobrepeso e ao aumento da circunferência abdominal (CA), contribuem para a ocorrência de doenças. Os idosos que residem em zona rural vivenciam maior isolamento social, diferença socioeconômica e maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde, que podem influenciar nos comportamentos de saúde e nas consequências da HAS. Este trabalho objetivou descrever as características sociodemográficas e médias de morbidades entre os idosos com e sem HAS; comparar as prevalências das variáveis relacionadas aos comportamentos de saúde (etilismo, tabagismo, consumo de sal, atividade física), sobrepeso, CA e indicativo de depressão e comparar as chances de prevalência brutas e ajustadas dos comportamentos de saúde, CA, sobrepeso e indicativo de depressão entre os idosos com e sem HAS, residentes em uma zona rural. Trata-se de um estudo de prevalência, do tipo inquérito domiciliar, analítico, transversal e observacional, realizado com 849 idosos, sendo 463 com HAS e 386 sem. Os dados foram coletados de junho de 2010 a março de 2011, por meio dos instrumentos Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Questionário Brasileiro de Avaliação Funcional Multidimensional (BOMFAQ), Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA), Escala de depressão geriátrica e questionário para dados antropométricos. Realizaram-se a análise estatística por meio do software SPSS 17.0, descritiva por meio de distribuição de frequência simples para as variáveis categóricas e o teste t-Student para amostras independentes. Utilizaram-se a taxa de prevalência e o teste qui-quadrado para verificar a associação entre as variáveis categóricas (p<0,05). As razões de prevalência e as razões de chances de prevalência foram apresentadas na forma bruta para cada variável. Posteriormente as razões de chance de prevalência foram ajustadas empregando-se a regressão logística binária múltipla (p<0,05), para as variáveis sexo, faixa etária, comportamentos de saúde, sobrepeso, CA e indicativo de depressão. Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Protocolo nº 1477. Houve maior porcentagem de idosos do sexo feminino (54%) com HAS e masculino (60,9%) sem HAS. Para ambos os grupos, a maior porcentagem de idosos tinha de 60├70 anos, 59,2% com e 62,4% sem HAS; eram casados ou moravam com companheiro entre aqueles com (65,0%) e sem (69,9%) HAS; 36,1% dos idosos com e 37,6% dos sem HAS tinham de 4├8 anos de estudo; recebiam renda de um salário mínimo 49,5% com e 46,4% sem HAS e moravam somente com o cônjuge, sendo 45,6% daqueles com e 49,0% dos sem HAS. A média de morbidades para idosos com HAS foi de 5,82 e 3,44 entre aqueles sem a doença. Concernente aos comportamentos de saúde, houve menor proporção de idosos etilistas (p<0,001), tabagistas (p<0,001) e que acrescentam mais sal no alimento após estar pronto (p=0,020) entre idosos com HAS em comparação aos sem HAS. A proporção de idosos com sobrepeso (p<0,001), CA inadequada (p<0,001) e indicativo de depressão (p=0,002) entre os com HAS foi superior em relação àqueles sem a morbidade. Os idosos com HAS apresentaram menos chance de prevalência para o etilismo (34,6%) e para o tabagismo (45,4%) em relação aos sem HAS. Os idosos com HAS apresentaram mais chances de prevalência de sobrepeso (74,9%), de CA inadequada (47,3%) e indicativo de depressão (48%) em relação aos idosos sem HAS. Fazem-se necessárias ações de saúde direcionadas aos idosos com e sem HAS, por meio da cessação de tabagismo e etilismo, assim como controle do peso e diminuição da CA e avaliação do indicativo de depressão entre idosos com HAS da zona rural.