Síndrome de fragilidade: fatores associados e qualidade de vida de idosos residentes na zona urbana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: PEGORARI, Maycon Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/114
Resumo: Fragilidade é compreendida como síndrome de natureza clínica e multifatorial, preditora de desfechos adversos de saúde e impacto negativo na qualidade de vida (QV) de indivíduos idosos. Este estudo objetivou identificar a ocorrência da síndrome de fragilidade em idosos residentes na zona urbana; verificar os fatores associados à condição de fragilidade (F) e pré-fragilidade (PF) e comparar os níveis e os componentes do fenótipo de fragilidade com os escores dos domínios e facetas de QV de idosos. Inquérito domiciliar transversal, observacional e analítico conduzido com 958 idosos residentes na zona urbana do município de Uberaba-MG. Os instrumentos utilizados foram: Questionário Brasileiro de Avaliação Funcional e Multidimensional (BOMFAQ), Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Escalas (Depressão Geriátrica Abreviada, Katz e Lawton), World Health Organization Quality of Life Bref (WHOQOL-BREF), World Health Organization Quality of Life Assessment for Older Adults (WHOQOL-OLD) e Fenótipo de Fragilidade (perda de peso não intencional, autorrelato de fadiga e/ou exaustão, diminuição da força muscular, lentidão na velocidade de marcha e baixo nível de atividade física). Procedeu-se à análise com os testes Coeficiente Phi, Kendall s tau-b, Cramer s V e modelos de regressão logística multinomial e linear múltipla (p<0,05), por meio do programa estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 17.0. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética, parecer nº 2.265. A ocorrência de PF foi de 55,4%, enquanto que a F correspondeu a 12,8%. Consolidaram-se como fatores associados à condição de PF e F, respectivamente: idade cronológica; maior uso de medicamentos e morbidades autorreferidas; incapacidade funcional para atividades instrumentais de vida diária (AIVD) e percepção de saúde negativa. A ausência de companheiro foi associada à PF, enquanto que a hospitalização no último ano, incapacidade funcional para atividades básicas de vida diária (ABVD) e indicativo de depressão à F. A condição de PF foi associada aos menores escores de QV nos domínios físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente, assim como nas facetas funcionamento dos sentidos, 6 autonomia, atividades passadas presentes e futuras e participação social; enquanto que a F nos domínios físico e psicológico e nas facetas autonomia e participação social. Nos idosos pré-frágeis, os componentes do fenótipo de fragilidade que permaneceram associados aos menores escores de QV foram: perda de peso não intencional (domínio psicológico), autorrelato de exaustão e/ou fadiga (domínios físico, psicológico e meio ambiente; e facetas autonomia e participação social), lentidão na velocidade de marcha (domínio físico; exceto o psicológico e a faceta atividades passadas, presentes e futuras em que se observaram maiores escores) e baixo nível de atividade física (domínio meio ambiente e faceta morte e morrer). Naqueles frágeis, associaram-se aos menores escores de QV: perda de peso não intencional (faceta intimidade), autorrelato de exaustão e/ou fadiga (domínios físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente; e facetas atividades passadas, presentes e futuras, participação social e intimidade) e diminuição da força muscular (domínio meio ambiente, exceto faceta intimidade em que se observaram maiores escores) (p<0,05). As condições de PF e F apresentaram elevado percentual de ocorrência associadas a maiores chances para desfechos adversos à saúde e repercussão negativa na QV de idosos.