Perfil do traumatismo cranioencefálico e sua associação prognóstica com a dosagem sérica de creatinina à admissão
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/843 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O traumatismo cranioencefálico (TCE), é um evento complexo, carregado de peculiaridades populacionais e regionais, com múltiplas causas e diferentes níveis de gravidade, possuindo um leque variado de prognósticos. OBJETIVOS: Caracterizar o perfil das vítimas de TCE no Triângulo Mineiro Sul e identificar associação prognóstica da dosagem sérica de creatinina à admissão. MÉTODOS: Estudo quantitativo, retrospectivo, baseado na análise de dados de prontuários de pacientes vítimas de TCE atendidos no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) na cidade de Uberaba, Minas Gerais, no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2017. RESULTADOS: Foram incluídos 1347 pacientes. Predominou o sexo masculino (82,1%), a faixa etária dos adultos jovens (29,7%) e etiologia principal os acidentes de trânsito (57,2%) com destaque para os motociclísticos (21,9%). Alteração tomográfica foi evidenciada em 78,1% da amostra e a mortalidade foi de 17,3%. Nos idosos prevaleceram as quedas (47,3%), com destaque às quedas da própria altura (26,6%) como etiologia principal. O desfecho óbito apresentou significante associação com: sexo masculino (RC: 1,73; IC: 1,14-2,64), faixa etária dos idosos (RC: 2,35; IC: 1,66-3,34) e adultos (RC: 1,99; IC: 1,47-2,71), TCE moderado (RC: 3,31; IC:1,95-5,60) e grave (RC:12,78; IC:8,76-18,64), ferimentos por arma de fogo (FAF) (RC: 4,10; IC: 2,13- 7,89), presença de alteração tomográfica (RC: 5,28; IC:3,02-9,21), contusão cerebral (RC:1,44; IC:1,07-1,93), hematoma subdural (HSD) (RC:3,89; IC: 2,83-5,34), hemoventrículo (RC:3,29; IC:1,46-7,41), hemorragia subaranoidea traumática (HSAt) (RC: 1,42; IC: 1,02-1,96), inchaço cerebral (RC: 5,49; IC: 3,86-7,81), neurocirurgia (RC: 2,23; IC: 1,64-3,05) e trauma de tórax (RC:2,79; IC:1,74-4,45) e abdômen (2,10; IC: 1,11-3,95). O valor médio da creatinina sérica foi maior no sexo masculino, no TCE grave, na TC alterada, no HSD, no inchaço cerebral, no pneumoencéfalo, no desfecho óbito e teve valores crescentes quanto maior a faixa etária. A creatinina sérica associou-se ainda de forma independente ao desfecho óbito (após ajuste atráves de regressão logística multivariada) (RC: 1,64; IC: 1,25 – 2,15). O valor da creatinina sérica de 1,18 mg/dL representou o ponto de corte de melhor especificidade (89,12%; IC: 86,4-91,5) e sensibilidade (42,13%; IC: 34,8-49,7). CONCLUSÃO: Informações e associações epidemiológicas até então não relatadas em estudos retrospectivos brasileiros foram abordadas. Além de apresentar a creatinina sérica como promissor preditor laboratorial do TCE. |