O manejo clínico psicanalítico das psicoses: desafios, limites e possibilidades
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1526 |
Resumo: | Esta é uma pesquisa qualitativa e descritiva, que tem como objetivo compreender os principais aspectos da clínica psicanalítica das psicoses e a função do delírio nesse contexto. A pesquisa foi dividida em dois estudos. Em ambos, foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas com psicanalistas, médicos e/ou psicólogos que atuam na abordagem psicanalítica, com experiência no atendimento clínico individual de pacientes com estrutura psicótica. No estudo 1, buscou-se compreender as principais características do manejo clínico psicanalítico das psicoses. As respostas dadas pelos entrevistados sobre as suas experiências de atuações nesse contexto foram analisadas à luz das teorias freudiana, bioniana e lacaniana. No Estudo 2, o objetivo foi compreender a função do delírio na clínica psicanalítica das psicoses, de acordo com a abordagem lacaniana. O Estudo 1 revelou que o manejo clínico psicanalítico das psicoses requer do analista estratégias especificas, como a valorização de manifestações do paciente que supram defasagens de sua estrutura e indiquem seu desenvolvimento, o emprego de uma linguagem concreta e o acesso ao paciente por caminhos distintos do campo simbólico, a formação pessoal e profissional continuada em análise pessoal e supervisão, a capacidade de ser criativo e flexivo durante os atendimentos, o reconhecimento dos próprios limites, a criação de redes de colaboração ao tratamento, e a formação de um espaço mental para acolher o diferente que se evidencia nas psicoses. O Estudo 2 demonstrou que o delírio não somente é fundamental para a clínica psicanalítica lacaniana das psicoses, como também é primordial para a vida psíquica do sujeito de estrutura psicótica. Ele permite articulações do sujeito com o mundo, expressão de sua história e de suas experiências, alívio de angústias e tormentos que poderiam o enlouquecer completamente e até o conduzir a atos desastrosos, entre outras muitas possibilidades. Quando o manejo clínico é exercido, por parte do analista, com competência e responsabilidade, a legitimação do enunciado delirante como um discurso detentor de valores de significação e de verdade pode direcionar a intervenção psicanalítica e assegurar o valor de seu emprego na intervenção juntos às psicoses. A pesquisa revelou que a teoria e a técnica psicanalíticas são valorosas e possuem ferramentas eficazes no âmbito clínico das psicoses, mas isso somente é válido se o psicanalista reconhecer as variações de sua teoria e de sua técnica quando aplicadas a esse contexto, reconhecendo nele especificidades distintas daquelas das neuroses e estando disposto a adotar uma práxis específica. |