A infecção pelo Helicobacter pylori cagA positivo apresenta maior expressão de A IL-8 e CCR-2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Natália Maria Jacom Wood da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/649
Resumo: Introdução: Helicobacter pylori (H. pylori) é um importante agente etiológico de várias doenças do trato digestivo superior como gastrite, úlcera péptica e câncer gástrico. A expressão de fatores de virulência pela bactéria, principalmente o gene cagA contribui para uma maior patogenicidade da bactéria na mucosa gástrica. Objetivos: estudar a mucosa do antro gástrico de pacientes infectados pelo H. pylori e comparar com a história clínica, antecedentes clínicos e cirúrgicos, doenças concomitantes, dados do exame de endoscopia digestiva alta, do exame anatomopatológico e analisar a expressão dos fatores de virulência cagA, sítios de fosforilação CagA EPIYA, vacA, iceA1, iceA2 e babA2, e sua influência na expressão do TLR-4, IL-8, CCL-2 e CCR-2 nos indivíduos com gastrite ativa e H. pylori positivo. Material e Métodos: foram avaliados 126 pacientes submetidos ao exame de endoscopia digestiva alta (EDA) com queixas clínicas do trato digestivo superior. Para esta avaliação, antes do exame de EDA foi feito um questionário clínico e durante o exame endoscópico, realizaram-se biópsias múltiplas do esôfago, corpo e antro gástrico e teste rápido da urease. O material obtido foi encaminhado ao laboratório de patologia para exame anatomopatológico (EAP) e parte do material procedente do antro gástrico foi identificada a positividade do H. pylori através da expressão do gene 16S rRNA. Destes, 38 (30.1%) pacientes apresentaram H. pylori positivo, distribuídos da seguinte forma: 32 (84,2%) com gastrite ativa e 6 (15,8%) sem gastrite ativa. Foi pesquisado nessas amostras com H. pylori positivo a expressão de cagA, sítios de fosforilação CagA EPIYA, vacAm1, vacAm2, vacAs1, vacAs2, iceA1, iceA2, babA2, TLR-4, IL-8, CCL-2 e CCR-2, por meio da PCR. Resultados: Não encontramos nenhum dado clínico que pudesse estar relacionado à presença da infecção do H. pylori no estômago. Os achados endoscópicos que tiveram relevância com a presença da bactéria foi a gastrite tanto no antro como no corpo gástrico (p<0,05). No exame anatomopatológico (EAP) os pacientes que usaram Inibidores de Bomba de Prótons (IBP) apresentaram uma diminuição da positividade da bactéria no antro e no corpo gástrico (p<0,05). A presença da gastrite no corpo gástrico ou antro gástrico teve significância com a positividade da bactéria (p<0,05). Na gastrite ativa do antro gástrico, em 20 (95,2%) amostras o gene cagA se expressou; o genótipo CagA EPIYA ABC foi o mais frequente e estando positivo em 11 (28,9%) amostras; 12 (31,6%) o vacAm1; 16 (42,1%) o vacAm2; 16 (42,1%) o vacAs1 e 12 (31,6%) o vacAs2; 11 (28,9%) iceA1 e em 17 (44,7%) o iceA2 e o gene babA2 em 4 (10,5%). Havendo prevalência significativa desses fatores na forma ativa dadoença. A expressão de IL-8 foi maior nos indivíduos cagA positivo; enquanto que a expressão de CCR-2 foi maior nos indivíduos H. pylori positivo. Conclusões: Infecção por H. pylori não mostrou nenhum fator clínico preditivo da sua presença. Na EDA destacou-se a presença da gastrite no antro como dado de provável infecção da bactéria. O uso de IBPs deverá ser suspenso por pelo menos duas semanas antes da EDA para evitarmos falsos negativos da presença do H. pylori no estômago. O EAP mostrou-se necessário para classificar as diferentes gastrites e/ou alterações histopatológicas provocadas pela bactéria. O estudo da presença do gene cagA e os sítios de fosforização CagA EPIYA são importantes, porém ainda estão aquém dos exames de rotina na prática diária. Indivíduos H. pylori e cagA positivos apresentam maior expressão de IL-8 e CCR-2 na mucosa do antro gástrico, sugerindo assim, que estas moléculas podem estar associadas a exacerbação da resposta imune e agravamento das lesões no antro gástrico.