Do “dia do índio” ao dia dos povos indígenas: uma análise decolonial em contexto escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Jairo Adriano Almeida do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1875
Resumo: A mudança de nomenclatura de "Dia do Índio" para "Dia dos Povos Indígenas" a partir da Lei Nº 14.402/2022 reflete um processo de reconhecimento e respeito à diversidade e pluralidade cultural dos povos indígenas. Contanto, o processo de colonização pode interferir nos processos educativos. Por isso é importante questionarmos o modo como a “celebração” desta data é abordada nas escolas. Tratase então de uma “homenagem”, uma demanda a ser cumprida no calendário escolar ou uma apropriação cultural que reforça estereótipos? Frente ao exposto, esse trabalho buscou analisar desenhos — produzidos por estudantes do Ensino Fundamental |l em uma escola de Uberaba-MG — relacionados ao Dia dos Povos Indígenas de modo a investigar possíveis aspectos de colonialidade. A metodologia abordada neste trabalho foi de natureza qualitativa na área da educação e do tipo Pesquisa-Ação Participante. Como ferramentas metodológicas foram utilizados registros de Diário de Campo, análise dos desenhos pautada no método de Panofsky e no Paradigma Indiciário de Ginzburg, bem como Entrevista Narrativa sobre o tema com um representante de uma comunidade indígena da mesma região. Como principais resultados, observou-se que as ações escolares no mês de abril são marcadas por uma sobrecarga de datas comemorativas e outras atividades regulares, as quais podem exercer influência na maneira como o Dia dos Povos Indígenas é trabalhado com os estudantes. Além disso, a análise de alguns dos desenhos estudados revelou indícios de colonialidade como reprodução de estereótipos, exotização cultural, hierarquias implícitas e distorção histórica relacionada à representação dos povos indígenas.