Análise da resposta imune citotóxica de linfócitos T CD8+ e células NK de pacientes com linfoma não-Hodgkin e mieloma múltiplo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SOUZA, Bruna Maria Bereta de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/876
Resumo: Os linfócitos T citotóxicos (LTCs) e células natural killer (NK) são responsáveis pela defesa contra células tumorais e compartilham a via de morte mediada por perforina e granzimas como um dos seus mecanismos citotóxicos principais. Este estudo teve como objetivo identificar polimorfismos no gene da perforina (PRF1) e quantificar os níveis de expressão gênica e proteica de perforina e granzima B em pacientes com linfoma não-Hodgkin (LNH) e mieloma múltiplo (MM). Os resultados referentes à expressão destas proteínas foram correlacionados com a sobrevida dos pacientes e a análise funcional dos polimorfismos nãosinônimos em homozigose foi realizada. Em relação ao perfil linfocitário presente no sangue periférico, observamos que os pacientes com LNH apresentaram um maior número de LTCs ativados e que expressavam perforina, no entanto, a quantificação intracelular de perforina nas células NK foi significativamente reduzida em relação aos indivíduos saudáveis. Os pacientes com MM apresentaram um maior número de LTCs que expressavam perforina e granzima B, e, apesar de apresentarem aumento na porcentagem de células NK em comparação aos indivíduos saudáveis, não foram observadas diferenças em relação à quantidade de células NK que expressavam perforina e granzima B em pacientes com MM e indivíduos saudáveis. Não houve diferença significativa entre a frequência de polimorfismos na região codificadora do gene PRF1 de pacientes com LNH e MM em comparação ao grupo controle, contudo, a maior expressão gênica de perforina e granzima B foi associada a maior sobrevida de pacientes com MM e LNH. Apesar de não diferir estatisticamente a frequência do polimorfismo A91V nos pacientes com MM foi mais do que o dobro da frequência encontrada nos indivíduos saudáveis. Contudo, acreditamos ser necessário um estudo futuro com maior número de pacientes para que se possa esclarecer melhor a associação deste polimorfismo com o MM. Apenas um paciente foi identificado como homozigoto de uma mutação não-sinônima; este foi diagnosticado com MM, era portador do polimorfismo A91V e suas células efetoras tiveram a capacidade significativamente reduzida de induzir a lise específica de uma linhagem tumoral. Também observamos que este paciente apresentava níveis intracelulares de perforina reduzidos nos grânulos das células NK. Considerando estes resultados, acreditamos que a expressão gênica de perforina e granzima B possam ser um potencial marcador prognóstico em LNH e MM.