Avaliação das células natural killer em pacientes com linfomas não Hodgkin recidivados e ou refratários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Moema Nenê
Orientador(a): Silla, Lucia Mariano da Rocha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276641
Resumo: Linfomas Não Hodgkin (LNH) são doenças malignas que surgem de células do sistema imunológico e manifestam-se predominantemente como linfadenopatia ou tumores sólidos rela-cionados a conglomerados linfonodais. Os tratamentos para os LNH incluem poliquimioterapia com ou sem imunoterapia medicamentosa e transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) em alguns casos. Novas abordagens de tratamento também são necessárias para pacientes com recidiva após a terapia de primeira linha e ou para pacientes que não são considerados candidatos elegíveis para quimioterapia de alta dose e TCTH e é com este objetivo que a terapia celular vem ganhando espaço no tratamento destes tipos de doenças. Em relação a terapia celular NK, observou-se uma potente capacidade de tais células matar linhagens celulares tumorais in vitro sem sensibilização prévia. A restauração ou potencialização dessa atividade antitumoral natural das células NK tornou-se uma abordagem terapêutica relevante progressivamente estudada no tratamento contra diversos tipos de câncer, mais frequentemente leucemia mielóide aguda com resultados promissores. Ainda há poucos dados sobre sua atividade no linfoma, a eficácia encorajadora observada para essas terapias celulares, como CAR T cell em pacientes fortemente pré-tratados levanta a questão relacionada a terapia NK nestes pacientes a partir de células Natural Killer (NK) de doadores que podem ser expandidas “in vitro “ sem um custo tão elevado como a terapia do Car T cell no momento. Para avaliarmos este perfil de pacientes realizamos um estudo pré-clínico utilizando para este fim amostras de sangue periférico de pacientes previamente tratados com 2 ou mais linhas de tratamento para LNH. Objetivo: Avaliar a viabilidade de expansão de células NK em grau clínico nos pacientes com LNH recidivado e ou refratários a terapias prévias e sua atividade anti-tumoral. Métodos: Neste contexto, avaliamos em seis pacientes com LNH recidivado ou refratários a terapias prévias em acompanhamento e tratamento no Serviço de Hematologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre -RS, o crescimento (número, tempo através de fold expansion e doubling time) e a efetividade das células NK (capacidade de lise da célula feeder/célula alvo) em comparação com indivíduos saudáveis, utilizando nossa plataforma tecnológica de expansão baseada na expansão celular na presença de células apresentadoras de antígeno (feeders) mbIL21K562, já aprovada e utilizada no tratamento da leucemia mielóide aguda neste Serviço. Resultados: Nesta amostra de pacientes estudada, ou seja, de pacientes portadores de LNH recidivados e ou refratários politratados, conseguimos demonstrar a viabilidade de cultivo e expansão das células NK em nível clínico e sem diferença estatisticamente significativa em relação a amostra de doadores saudáveis nas mesmas condições de cultura e expansão. Conclusão: Desta forma leva-nos a concluir que nesta amostra de pacientes, mesmo obtendo um número de células suficientes para várias infusões, estas são deficitárias quanto à sua capacidade citotóxica e da necessidade de buscarmos fontes alogênicas de doadores para este perfil de paciente.