Atitudes e conhecimentos sobre sexualidade de idosos em uma unidade de atenção ao idoso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: ELIAS, Henrique Ciabotti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1207
Resumo: O conceito da sexualidade multifacetado deve ser evidenciado ao longo de todas as etapas da vida, inclusive na velhice. Analisar as atitudes e os conhecimentos dos indivíduos acerca da sexualidade promove diminuição das taxas de infecções sexualmente transmissíveis e melhores vivências sexuais. Objetivou – se analisar as atitudes e conhecimentos sobre sexualidade de idosos que utilizam uma unidade de atenção ao idoso mineira associando – as as características sociodemográficas e alguns preditores. Trata – se de um estudo observacional e analítico, transversal e de abordagem quantitativa. Utilizaram – se três instrumentos, o primeiro sobre as características sociodemográficas, a escala Aging Knowledge And Attitudes Scale (ASKAS) e o Aging Perception Questionnaire (APQ). Para a análise dos dados utilizou – se medidas descritivas e analíticas adotando o nível de significância estatística de p<0,05. A coleta de dados foi através de entrevistas aplicadas face a face no primeiro semestre de 2018, após aprovação de CEP UFTM. Responderam a pesquisa 228 idosos, sendo 144(63,2%) mulheres, 123 (53,9%) brancas, com média de idade 70,92 anos, 88 (38,6%) moram com esposo(a) ou companheiro(a), 132 (57,9%) católicas e 193 (84,6%) aposentadas. Observou- se que, consideraram a atividade sexual benéfica (86%), mesmo acreditando que os medicamentos podem alterar sim o desejo sexual (85,5%), creem ser verdade que tranquilizantes e uso de álcool podem diminuir a excitação sexual e interferir na resposta sexual (89%), concordaram que com a idade a frequência das atividades sexuais diminuem em homens com mais de 65 anos (86,4%) e o medo de não ser capaz de realiza – las atrapalha o desempenho sexual (84,2%). Não acreditam que a atividade sexual pode ser perigosa para a saúde (65,8%) e que mulheres idosas são frias sexualmente (50,9%) e que necessitam de pessoas mais jovens para estimula – los (73,2%). Com relação as atitudes, concordaram totalmente com capacitações sobre lidar com a sexualidade de idosos para funcionários de casas de repouso (82,5%) além de disponibilização de camas de casal por essas instituições (60,5%). Através das médias de resposta, conclui – se que os idosos tem conhecimento sobre sexualidade e atitudes menos conservadoras. Com relação a qualidade de vida, não demonstraram raiva (75,9%) quando pensam estarem envelhecendo e esse processo não lhes causa depressão (57%). Eles acreditam que com o envelhecimento, crescem como pessoa (90,4%). Alterações nos olhos ou na visão (73,2%) e diminuição do ritmo (57,5%) foram as mudanças mais relatadas relacionadas a saúde. Problemas respiratórios (91,2%), nos pés (88,6%) e cardíacos (85,5%) não ocorreram com muita frequência e não foram associados com o processo de envelhecimento. Houveram concordância entre as respostas sobre conhecimento e atitudes assim como sobre a percepção do envelhecimento. O sexo (p=0,010), ter ou não companheiro (p=0,001) e a renda (p=0,000) tiveram associação forte com o conhecimento e a renda (p= 0,005) com relação a atitudes. Diante dos achados, faz – se importante estudar idosos de outros contextos para fins comparativos e promoção de capacitações.