Conhecimento, atitude, autoeficácia e adesão medicamentosa entre idosos com diabetes mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SOUSA, Mariana Campos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/728
Resumo: O processo de envelhecimento populacional, junto com outros fatores, desencadeou o aumento de doenças crônicas no Brasil. O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica não transmissível, que merece atenção especial devido às suas complicações e impacto na saúde da população. O tratamento desta morbidade requer mudanças comportamentais para o autocuidado e controle da doença, as quais podem ser influenciadas pelo conhecimento, pelas atitudes e autoeficácia frente à doença, pelas crenças, pela adesão ou não ao tratamento, pelo apoio familiar e social, entre outros. Mediante esse contexto, o presente estudo objetivou analisar a influência de preditores demográficos, clínicos, conhecimento e atitude frente ao DM sobre a autoeficácia e adesão medicamentosa de idosos diabéticos cadastrados nas ESF do município de Uberaba - MG. Estudo observacional, transversal e com abordagem quantitativa, realizado entre 256 idosos com diabetes mellitus tipo 2, cadastrados nas Equipes de Saúde da Família do município de Uberaba-MG. Utilizaram-se os instrumentos: Mini Exame do Estado Mental, questionário estruturado sociodemográfico e clínico, versão brasileira da Escala de Conhecimentos de Diabetes (DNK-A), versão brasileira do questionário de Atitudes (ATT-19), questionário de Medida de Adesão ao Tratamento Medicamentoso no Diabetes Mellitus – Antidiabéticos Orais (MAT-ADO), questionário de Medida de Adesão ao Tratamento Medicamentoso no Diabetes Mellitus – Insulinoterapia (MAT-Insulina); e Escala de Autoeficácia no Controle do Diabetes para Pacientes com Diabetes Tipo 2 (DMSES). Procedeu-se à análise descritiva, testes t-student, qui-quadrado, correlações de Pearson e Spearman e modelos de regressão logística binária, logística multinomial e linear múltipla (p <0,05). Predominaram idosos do sexo feminino (61,7%); com 60 a 69 anos (54,7%); tinham 4 a 7 anos de escolaridade (40,6%); moravam com companheiro (a) (59,0%); aposentados (79,7%); com renda mensal individual de um salário mínimo (57,4%) e renda mensal familiar de um a três salários mínimos (60,5%); tinham 6 a 15 anos de diagnóstico de DM2 (41,8); não apresentavam complicações do diabetes mellitus (73%); possuíam cinco ou mais comorbidades (56,3%); utilizavam cinco ou mais medicamentos (55,9%); utilizavam somente antidiabéticos orais (74,6%); com baixoconhecimento sobre a doença (60,9%); com atitude negativa frente ao diabetes (75,8%); e aderiram ao tratamento medicamentoso oral (89,8%) e com insulina (96,9%). A média para a autoeficácia foi 3,75 (DP=0,59). Os fatores associados à autoeficácia foram a atitude e o conhecimento; ao dominínio “Nutrição específica e peso” foi somente a atitude; ao domínio “Nutrição geral e tratamento medicamentoso” foram a atitude e o conhecimento; ao domínio “Exercício Físico” foram a renda familiar, a escolaridade e a atitude; e ao domínio “Glicose sanguínea” foram o tempo de diabetes e o conhecimento. A adesão ao tratamento medicamentoso oral associou-se somente à autoeficácia. Não foram identificadas variáveis preditoras para a adesão ao tratamento com insulina. Os resultados permitem compreender o perfil dos idosos com diabetes mellitus tipo 2 e como eles convivem e enfrentam a doença. Deste modo, possibilitam a criação de intervenções direcionadas aos idosos, que abrangem suas necessidades, visando a prevenção de agravos, adesão ao tratamento e melhora no autocuidado.