Fatores relacionados à resiliência entre idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: RODRIGUES, Fernanda Resende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/736
Resumo: O processo de envelhecimento é permeado por adversidades que podem afetar o bem-estar dos idosos. Entretanto, há potencialidades que se constituem em mecanismo mediador dessas questões, como a resiliência, que reflete a capacidade em lidar com situações críticas apesar dos desafios. Estudos sobre essa temática são essenciais na pesquisa gerontológica para subsidiar o desenvolvimento de políticas direcionadas ao envelhecimento. Objetivou-se analisar a resiliência dos idosos da comunidade de Uberaba, MG; descrever as características sociodemográficas e as condições de saúde dos idosos da comunidade de Uberaba, MG; mensurar o escore de resiliência total e por sexo desses idosos; verificar a associação das variáveis sociodemográficas e de saúde na resiliência total e por sexo desses idosos. Estudo quantitativo, analítico e transversal realizado com 808 idosos residentes em Uberaba-MG. Utilizaram-se os instrumentos: Mini Exame do Estado Mental, Escala de Depressão Geriátrica Abreviada, Índice de Katz, Escala de Lawton e Brody, Escala de Resiliência de Connor-Davidson para o Brasil-25; Questionário Brasileiro de Avaliação Funcional e Multidimensional. Procedeu-se à análise descritiva e a regressão linear múltipla, tendo como desfecho o escore de resiliência (p≤0,05). Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFTM, parecer nº 2.053.520. Predominaram idosos do sexo feminino (66,7%), faixa etária 60|-79 anos (42,1%), com escolaridade (50,4%), morando acompanhados (81,6%) e com renda individual mensal de até um salário mínimo (56,3%); com autopercepção de saúde positiva (82,80%); independentes para atividades básicas de vida diária (ABVD) (78,18%) e para atividades instrumentais de vida diária (AIVD) (82,46%); maior participação nas atividades avançadas de vida diária (AAVD) (80,63%); com até 4 morbidades (80,01%); sem indicativo de presença de sintomas depressivos (82,49%). A média do escore total de resiliência foi 78,06 pontos (±16,66). Na análise entre os sexos, o escore de resiliência para os homens (81,53±14,09) foi superior ao das mulheres (76,32±17,57). Variáveis que tiveram associação com a resiliência foram sexo(masculino); autopercepção de saúde (positiva); participação nas AAVD (maior), número de morbidades autorreferidas (menor) e indicativo de presença de sintomas depressivos (menor). Conclusão: maiores escores de resiliência tanto para as mulheres quanto para os homens idosos foram associados a maior participação nas AAVD e ausência do indicativo de presença de sintomas depressivos. Contudo, para as idosas, maiores escores de resiliência associaram também à autopercepção de saúde positiva, indicando necessidade de estratégias de intervenção específicas a cada sexo.