Impacto da mobilização precoce na modulação autonômica de indivíduos submetidos à angioplastia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: NERI, Graziella Paula de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1588
Resumo: Fundamento: Pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são frequentemente submetidos ao repouso prolongado no leito, o que promove vários efeitos deletérios, dentre eles a disfunção autonômica cardíaca. A fisioterapia na fase I da reabilitação cardiovascular, por meio da mobilização precoce, pode ser iniciada 12 horas após angioplastia, no entanto, é comum o repouso prolongado no leito em razão do receio de instabilização do paciente. Objetivos: Avaliar o impacto da mobilização precoce na modulação autonômica cardíaca de indivíduos submetidos à angioplastia internados em UTI e verificar o comportamento da modulação autonômica da frequência cardíaca durante os exercícios nestes indivíduos. Caracterizar a modulação autonômica cardíaca de indivíduos infartados ou não, após procedimento de angioplastia. Métodos: Indivíduos pós-angioplastia eletiva ou por IAM, foram divididos em dois grupos: Controle (GC, N=16) e Mobilização Precoce (GMP=16). O GMP foi submetido ao protocolo de mobilização precoce após angioplastia durante o período de internação hospitalar. Ambos os grupos foram avaliados no momento admissão e alta quanto a modulação autonômica cardíaca (Variabilidade da frequência cardíaca - VFC), sendo que no GMP, a VFC também foi verificada nos momentos antes, durante e após exercício, do último atendimento antes da alta hospitalar. O protocolo fisioterapêutico de mobilização precoce, foi iniciado 12-18 horas após procedimento de angioplastia. Para avaliação das mudanças nas variáveis contínuas em relação à linha de base utilizou-se o teste t de Student pareado no caso de variáveis de distribuição normal ou teste de Wilcoxon pareado se a distribuição era não normal. Para comparação entre os grupos, o teste t Student para variáveis contínuas com distribuição normal e o teste U de Mann-Whitney para aquelas com distribuição não normal. Para a análise dos momentos (antes x durante x após o exercício), foram aplicadas as medidas repetidas de análise de variância unidirecional (ANOVA1) O nível de significância estabelecido foi de 5%. Resultados: Os pacientes apresentaram idade média de (61,29 ± 8,34) no GC e (63,50 ±9,64) no GI, sem diferença estatística de idade (p=0,43). Quando comparados os dois grupos observaram-se que os valores dos índices lineares e não-lineares não apresentaram diferença estatisticamente significativas na admissão, porém no momento alta, o GMP apresentou aumento estatisticamente significativo dos índices SDNN (p=0,042), Triangular Index (p=0,014), VLF (p=0,004) e SD2 (p=0,034). Na avaliação do GMP durante o último atendimento nos momentos: antes, durante e após exercícios, os índices VLF, Lmean, REC (%), DET, ShanEn, ApEn,SampEn apresentaram alterações significativas comparando os momentos repouso e exercício. Pacientes pós-angioplastia apresentaram baixa VFC comparado a indivíduos saudáveis. Conclusão: A mobilização precoce influencia na modulação autonômica de indivíduos durante o período de internação após procedimento de angioplastia. Indivíduos pós angioplastia apresentam pior modulação da frequência cardíaca comparado a indivíduos saudáveis.