Analgesia pós-operatória em cirurgias oncológicas de mama: técnicas anestésicas e papel das citocinas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: ABUD, Paula Borela Perfeito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1636
Resumo: Introdução e Objetivos: A analgesia nas cirurgias para tratamento do câncer de mama ainda é um desafio, já que muitas pacientes não têm sua dor controlada adequadamente, o que atrasa a recuperação, tempo de alta hospitalar e ainda pode causar síndrome dolorosa crônica.Há várias técnicas para controle da dor pós-operatória, entre elas o bloqueio anestésico guiado por US ao nível do músculo eretor da espinha (ESPB). Este estudo teve como objetivo avaliar a dor pós-operatória comparando duas técnicas anestésicas e uso de analgésicos no pós-operatório; comparar o nível sérico de citocinas pré-operatório com os níveis no pós-operatório; e determinar a influência da técnica anestésica na dosagem das citocinas plasmáticas. Métodos:Foi realizado um estudo duplo-cego, controlado e randomizado com 36 mulheres submetidas a cirurgias oncológicas mamárias. Os pacientes foram alocados em dois grupos: um grupo recebeu apenas anestesia geral (grupo G; n=20) e o outro grupo recebeu ESPB (grupo E; n=16). Foi avaliada a dor (Escala Visual Analógica) às 2, 24 e 48 horas 7 após acirurgia(Escala Visual Analógica) e a dosagem das citocinas próinflamatórias TNF-α, IL-8 e IL-1 nos momentos pré-operatório, 24h e 48h de pós-operatório. Resultados: A dor moderada ou intensa foi mais frequente no grupo G, tanto para mastectomia quanto para quadrantectomia, 24 horas após a cirurgia (p=0,016). Os níveis séricos de TNF-α foram muito semelhantes no pré-operatório e 24 horas após a cirurgia, com redução significativa após 48 horas (p= 0,010). Os níveis de IL-8 foram menores no grupo E do que no grupo G (p= 0,029), e houve redução da IL-8 após 24 horas de cirurgia (p< 0,001). Há um aumento nos níveis de IL-1 após 48 horas de cirurgia (p<0,001). Conclusões: O estudo implica na possibilidade de alterações no protocolo de analgesia para cirurgias de câncer de mama, desde que comprove a eficácia do ESPB. Esta técnica é uma anestesia alternativa de fácil acesso e execução, e reduziria os custos de hospitalização e internação.