Comparação da eficácia analgésica entre o bloqueio do plano dos eretores da espinha (BPEE) e a morfina subaracnoidea após a cesariana. Estudo clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Alan Anderson Medeiros Ferreira de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69427
Resumo: Justificativa: A analgesia pós-operatória da cesariana é essencial, pois proporciona, dentre outros benefícios, o conforto necessário para deambulação precoce e aleitamento materno. A estratégia mais usada para isso é a associação opioides como a morfina ao anestésico local para prolongar o efeito analgésico. No entanto, existem efeitos adversos relevantes que nos direcionam a busca de métodos alternativos para promover boa analgesia. O bloqueio do plano dos eretores da espinha (BPEE) tem sido usado para procedimentos cirúrgicos torácicos e abdominais. Objetivos: O objetivo primário deste estudo é comparar a intensidade da dor do BPEE com a da morfina subaracnoidea para analgesia após cesariana. Os objetivos secundários são avaliar a necessidade de complementação e os efeitos adversos. Métodos: Foram estudadas 56 participantes, alocadas em dois grupos. As do grupo 1 foram submetidas a anestesia subaracnoidea com 12mg de levobupivacaína hiperbárica a 0,5%, antes da cirurgia. Após o término da cirurgia, foram submetidas ao BPEE com 20 ml de levobupivacaína a 0,25% em cada lado, 40ml no total. As do grupo 2 foram submetidas a anestesia subaracnoidea com 12mg de levobupivacaína hiperbárica a 0,5%, associados a 0,1 mg de morfina antes da cirurgia. A intensidade da dor foi avaliada pela escala numérica verbal, 2, 6, 12 e 24h após o BPEE por outro anestesista. Foi anotada a dose de analgésico complementar em 24h assim como os efeitos adversos. Resultados: Não houve diferença significante na intensidade da dor entre os grupos BPEE e morfina subaracnoidea, assim como a satisfação com os procedimentos. O uso de analgésico complementar foi maior no grupo BPEE. A incidência de náusea, vômito, e prurido assim como o tempo para primeira evacuação ou flato foi menor no grupo BPEE. Houve um caso de cefaleia pós-punção dural no grupo MS. Conclusões: O grupo BPEE promoveu escores de dor semelhantes aos do grupo MS nas primeiras 24h com maior consumo de tramadol, menos náusea, vômito, prurido e recuperação mais rápida da motilidade intestinal. Pode ser uma alternativa para analgesia após cesariana.