Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Luz, Larissa da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/236759
|
Resumo: |
Introdução. A literatura aponta que a Telessaúde (TS) é uma modalidade de prestação de serviço adequada e eficaz que viabiliza o processo de reabilitação remotamente por meio de tecnologias da informação e comunicação. No Brasil, a TS foi legalmente implantada nas áreas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional em função da pandemia causada pela COVID-19, que acarretou o fechamento temporário de clínicas destinadas à reabilitação de pessoas com deficiência, incapacidades e/ou outras condições de saúde que requerem atendimento especializado em F e TO. Assim, compreender como o fisioterapeuta e terapeuta ocupacional perceberam a TS e implementaram suas intervenções para enfrentar o cenário pandêmico, nos parece um caminho importante para a promoção de discussões sobre as possibilidades que as práticas em TS oferecem ao campo da reabilitação. Objetivo. Investigar o conhecimento, benefícios e limites da prestação de serviço em TS, sob a perspectiva do fisioterapeuta (Ft) e do terapeuta ocupacional (TO). Método. Estudo transversal descritivo, com abordagens quantitativa e qualitativa. Participaram 110 profissionais, com experiência em TS, atuantes no estado de São Paulo (ESP). Para a coleta de dados elaborou-se um questionário na plataforma Google Forms, que possui questões fechadas e abertas, dividido em três partes. Na primeira, buscou-se caracterizar os participantes, na segunda, investigou-se o nível de conhecimento sobre as práticas em TS, e na terceira, investigou-se a concordância e satisfação frente a essa modalidade de prestação de serviço. O questionário foi enviado por e-mail a instituições de ensino e centros de reabilitação localizados no ESP, foi divulgado no site oficial do CREFITO 03 e, em redes sociais, além disso, utilizou-se o método snowball. Realizou-se análise descritiva e estatística dos dados. Os resultados das questões abertas foram submetidos à análise de conteúdo. Resultados. Dos 110 profissionais, 41 eram Ft e 69 TO, a maioria do sexo feminino, com mais de 10 anos de formação graduada (83,48%). A maior parte deles (TO=91,3%; Ft=87,8%) referiu conhecer a Resolução COFFITO Nº 516/2020 que legalizou o atendimento remoto; conhecer parcialmente aspectos relacionados a prática em TS (TO=66,67%; Ft= 65,85%), e referiram que a intervenção foi realizada na forma de teleconsulta e telemonitoramento. A maioria considerou o smartphone o recurso mais viável para a realidade brasileira, e o seu uso predominou na prática destes profissionais (TO=92,75%; Ft=87,8%). As principais dificuldades encontradas dizem respeito à falta de capacitação em TS e o acesso à internet. As variáveis formação graduada e população atendida exerceram efeito significativo sobre a concordância com a TS, evidenciando que TO tendem a uma maior concordância do que Ft (p=0,01). Da mesma maneira, profissionais que atenderam somente crianças e adolescentes tendem a concordar mais com a TS (p=0,005). Com relação à satisfação com a TS, nenhuma das variáveis analisadas apresentou efeito significativo. A análise qualitativa revelou que os benefícios da TS referem-se à manutenção do processo terapêutico frente a doenças contagiosas; possibilidade de intervenção de qualidade; maior vínculo e engajamento da família. As limitações relacionam-se à ausência de contato físico; falta de acesso do paciente aos recursos tecnológicos e falta de capacitação profissional voltada às práticas em TS. Conclusão. Com este estudo, evidenciou-se que a TS possibilitou enfrentar o cenário pandêmico, e trouxe benefícios que se considerados podem colaborar para a implementação da TS como uma prática substitutiva, em alguns casos, ou como adicional ao atendimento remoto. Entretanto, considera-se necessária a ampliação da investigação em TS no Brasil, a fim de se ter subsídios, pautados em evidências científicas que sustentem a implementação desse modelo de prática em saúde, o qual pode contribuir para o acesso aos serviços em áreas remotas, minimizar custos de deslocamentos, dentre outros. |