“Mãozinha trabalhando e a boquinha descansando”: o fenômeno corpo/corporeidade na sala de aula
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1127 |
Resumo: | A educação é uma experiência humana que busca constantemente a (re) construção de conhecimentos relacionados às vivências do ser consigo mesmo, com os outros e com o mundo. A escola, nesse contexto, representa a sociedade e os paradigmas vigentes que norteiam o sistema educacional. A criança, ao fazer parte do ambiente escolar, interage com outras crianças e professores, passando a compreender as regras e normas vigentes no sistema. Na sala de aula aprendem a escrever, contar, relacionar com os seus pares e aos poucos constroem e ampliam a noção de mundo, descobrindo sentido à sua existência. A Fenomenologia, como base epistemológica e em especial em Maurice Merleau-Ponty, traz para as nossas reflexões o humano sob o enfoque da corporeidade. A criança, ao estudar, vivencia a sua essência na sala de aula, tornando-se corpo-criança em sua totalidade. Ao ingressar no Ensino Fundamental com seis anos em média, o aluno sai de um contexto da Educação Infantil para essa nova etapa de escolarização, a qual é diferente em sua dinâmica e proposta pedagógica. Pensando nessa questão, a presente pesquisa tem como objetivo investigar como o aluno do 1º ano do Ensino Fundamental expressa o corpo/corporeidade na sala de aula. A investigação é de cunho descritivo numa abordagem qualitativa. A pesquisa de campo foi realizada em três escolas da rede estadual de Uberaba-MG, com 63 alunos. A coleta de dados sucedeu-se através da observação e pelo material registrado em diários de bordo. Utilizando a técnica de abordagem qualitativa denominada Análise do Fenômeno Situado, proposta por Martins e Bicudo (1994) e Giorgi (1978) adaptada por Moreira (1992), os registros foram analisados. Nossa argumentação desenvolveu-se nas seções: O ser criança e a motricidade; O ser criança e a escola; O ser criança – corporeidade aprendente. Os resultados evidenciaram o corpo-criança na sala de aula dialogando com outras corporeidades por palavras, gestos, carinho, solidariedade, hostilidade e agressões. O corpo-criança, nesse contexto, foi eloquente, sobretudo através das brincadeiras, durante a aula. O aluno do 1º ano do Ensino Fundamental expressou-se genuinamente na linguagem infantil, ludicamente, como forma de estabelecer diálogos com o mundo à sua volta. |