Corpo criança que dança, corporeidade que vive

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: TANNUS, Fernanda Machain Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/533
Resumo: A dança é uma arte derivada da própria vida, um modo de existência, uma das mais antigas artes e conhecimento atrelado historicamente à Educação Física que permanece até os dias atuais se reinventando e atuando na educação, na terapia, no lazer, no rendimento e na arte. O corpo que dança é um corpo construído, trabalhado, elaborado, sentido, significado e expressivo, que vive e experimenta o movimento em um espaço e tempo únicos. Quando este corpo dança se relaciona com o seu próprio mundo e o ambiente ao seu redor criando conexões que mediante a utilização de movimentos e gestos, adequados a ritmos sentidos e ligados as suas experiências, constroem a sua corporeidade. A corporeidade possuí um papel importante na educação através da dança, pois atribuí a ela o caráter de formação integral do corpo criança, permitindo que a criança viva corporalmente o movimento de forma crítica e sensível. O objetivo desta pesquisa foi de investigar se o corpo criança que dança vivencia a corporeidade e como ela se explicita nas diferentes instituições de ensino de dança formal e não-formal na cidade de Uberaba-MG. O presente estudo é de caráter descritivo com abordagem qualitativa, sendo a coleta de dados realizada por meio da observação e a utilização de um diário de campo, as anotações foram analisadas através da análise qualitativa do fenômeno situado. A construção dos resultados originou-se dos três momentos da técnica de pesquisa, a descrição, a redução e a compreensão e foram organizados nas questões sobre: as interações aluno/professor - no qual ficou presente a relação de trocas entre alunos e professor, assim como também o aparecimento da cópia e da imitação por parte dos alunos; as relações entre o espaço, elementos da dança e o corpo criança - o espaço interferiu de forma presente nas manifestações das crianças, assim como também a vestimenta e a música; a expressividade nos gestos e movimentos dançados e brincados - o movimento apresentou um fator primordial manifestado pelas crianças para se comunicarem durante a dança ou não, a corporeidade e o corpo criança que dança - as crianças se transcendem durante as aulas de dança, são a corporeidade viva expressa nas suas individualidades, nas suas brincadeiras e no seu ato de dançar, nas histórias de vida, nas diferenças, dentre outros. Analisar as aulas de dança sob a ótica da criança permitiu olhar para o fenômeno sobre sua perspectiva, desnudando e compreendendo-o tal como a criança o concebe, por isso as manifestações foram tão ricas de sentidos e corresponderam com os pressupostos do corpo na dança. A corporeidade esteve presente, nos sorrisos, nas participações, nos questionamentos, nos movimentos dançados e nos gestos, não apresentando muitas diferenças entre as instituições de ensino, exceto para as relações aluno/professor e espaço físico. Amplas são as relações, discussões e possiblidades do corpo criança em contato com a dança. Ricas são as manifestações sobre o fenômeno que se transforma, recria e ressignifica a todo o momento.