Fatores associados à punção venosa periférica difícil em adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: MONTEIRO, Damiana Aparecida Trindade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/737
Resumo: Introdução: A prática da punção venosa periférica é um procedimento rotineiro no ambiente hospitalar. Na prática clínica observa-se que as veias são puncionadas até a exaustão, o que reflete em dor e desconforto para os envolvidos, além de custos com material, atraso do início da terapia infusional e risco de complicações. A preferência referente ao uso do cateter venoso periférico deve-se ao fato de ser uma opção de baixo custo, com menor risco de infecção da corrente sanguínea e praticidade de inserção. A enfermagem está diretamente envolvida neste processo, sendo responsável pela punção e pelos cuidados relacionados à manutenção e retirada. Objetivo: Determinar a prevalência e os fatores associados à punção venosa periférica difícil em adultos internados em um hospital geral público de ensino. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, observacional, analítico, com abordagem quantitativa. Esta investigação foi realizada em um hospital geral público de grande porte, com 235 adultos de idade igual ou superior a 18 anos com indicação de punção venosa periférica, admitidos na unidade de especialidades cirúrgicas. O cálculo do tamanho amostral foi obtido com base na literatura de prevalência de 53,9% de punção venosa periférica difícil, com 95% de confiança e margem de erro de 6%. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de um instrumento durante a observação direta da punção venosa periférica. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. As variáveis do instrumento foram codificadas e catalogadas em um dicionário (codebook). Os dados foram duplamente digitados e validados em uma planilha do Microsoft Office® do Excel® e posteriormente analisados no software IBM® Statistical Package for the Social Sciences® versão 20. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva, inferencial, e por meio da regressão logística binomial múltipla para os fatores associados à ocorrência de punção venosa periférica difícil. Resultados: Foi verificado que a maioria 156 (66,4%) é do sexo masculino, 138 (59,2%) de cor branca e 90 (39,1%) com 04 a 07 anos de escolaridade. Quanto às variáveisclínicas, a especialidade cirúrgica responsável pela internação mais prevalente foi a Urologia com 65 (27%). Entre os adultos com comorbidades, 94 (40%) possuíam Hipertensão Arterial Sistêmica e 49 (20,9%) possuíam Diabetes mellitus. O histórico punção venosa periférica difícil foi relatado por 53 (22,6%) dos adultos. A prevalência de punção venosa periférica difícil foi de 77 (32,8%). Foi indicado como preditor para ocorrência de punção venosa periférica difícil o histórico de punção venosa periférica difícil (p=<0,001) e a não visibilidade da rede venosa (p=0,03). No entanto, mesmo não sendo estatisticamente significativa, a maior parte da ocorrência de punção venosa periférica difícil foi entre os adultos do sexo feminino 31 (39,2%) com comorbidades 42 (35,9%) e com o Índice de Massa Corporal alterado 31 (31,6%). Discussão: A prevalência de punção venosa periférica difícil é modificável, de acordo com as variáveis clínicas do indivíduo. Na literatura foi identificado valores de 17% a 59,3%. A identificação dos fatores associados à punção venosa periférica difícil poderá nortear a elaboração de condutas e protocolos específicos para tais casos, reduzindo o desconforto do paciente submetido a múltiplas punções. Conclusão: A prevalência de punção venosa periférica difícil foi de 32,8%. O histórico de punção venosa periférica difícil e a rede venosa não visível foram indicados como preditores para punção venosa periférica difícil.