Análise da perda acidental de cateter venoso periférico em adultos e idosos com alterações cardiovasculares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: FILGUEIRA, Viviane da Silva Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/1048
Resumo: Introdução: A punção venosa periférica (PVP) é, mundialmente, uma das práticas invasivas mais comuns nos serviços de saúde. E a mais empregada para a administração/infusão intravenosa de medicamentos, hemocomponentes/hemoderivados, contrastes e reposição hidroeletrolítica em pacientes estáveis a criticamente enfermos. Apesar de ser uma alternativa de baixo custo e rotineira nos hospitais, o uso de CVP também é associado a várias complicações que interferem na sua remoção. Objetivos: Identificar os fatores relacionados à perda acidental da punção venosa periférica em adultos e idosos com doenças cardiovasculares internados em um hospital de ensino. Método: Trata-se de um estudo observacional, descritivo e prospectivo com abordagem quantitativa. A investigação foi realizada em um hospital público de ensino, com 335 adultos e idosos de idade igual ou superior a 18 anos com indicação de punção venosa periférica, admitidos nas unidade de Hemodinâmica e Coronariana. O cálculo do tamanho amostral teve embasamento em literatura científica com prevalência de perda de CVP de 50% a 69%, com uma precisão de 5% e um intervalo de confiança de 95%. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de instrumentos durante a observação direta da punção venosa periférica a retirada do CVP. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. As variáveis do instrumento foram codificadas e catalogadas em um dicionário (codebook). Os dados foram duplamente digitados e validados em uma planilha do Windows 10 Office® do Excel® e posteriormente analisados no software IBM® Statistical Package for the Social Sciences® versão 21. Os dados foram analisados por estatística descritiva, inferencial e regressão logística para os fatores associados à ocorrência de punção venosa periférica difícil. Resultados: Foi verificado que houve predomínio do gênero masculino (N=193/57,6%), cor autodeclarada branca (N=143/42,4%), idosos com idade média de 62,75 anos (18 a 89). A especialidade mais prevalente foi a cardiologia (N=298/89,0%). A distribuição das comorbidades foram hipertensão arterial sistêmica (N=261/77,9%), diabetes mellitus (N=118/35,3%), dislipidemia (N=33/9,9%) e doença renal crônica (N=19/5,7%). A média de permanência do CVP in situ foi de 17,81 horas (DP=±24,67). A prevalência de perda do cateter venosos periféricos foi de 50 (14,9%). Foi indicado como preditor para ocorrência de perda acidental a cobertura (p=0,023). A maior ocorrência de perda acidental foi em idosos (N=34/16,1%) do sexo masculino (N=28/14,5%). Discussão: A perda acidental é multifatorial. Na literatura, as incidências de falhas do CVP são elevadas variando entre 33% a 69% devido a remoção acidental por deslocamento, dor, flebite, oclusão, infiltração, extravasamento e infecção. A identificação dos fatores associados à perda acidental poderá nortear a elaboração de condutas e protocolos específicos para tais casos, reduzindo as complicações, desconfortos ao paciente e redução de custos. Conclusão: A prevalência de perda acidental foi de 14,9%. E, diante da análise dos dados apenas a cobertura (p= 0,023; X2=7,428) foi indicada como preditora da perda acidental.