Ansiedade, depressão e qualidade de vida de pacientes com câncer de mama e ginecológico frente aos efeitos da quimioterapia antineoplásica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Regino, Patrícia Afonso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/126
Resumo: Introdução: a avaliação da qualidade de vida (QV) em pacientes com câncer desperta interesse dos pesquisadores devido ao seu impacto nas políticas de saúde. Com novas drogas e seu uso combinado com outros recursos terapêuticos, a quimioterapia é um tratamento sistêmico do doente oncológico, ocasionando os efeitos colaterais, temidos no tratamento. Ansiedade e depressão são consequências que alguns pacientes experimentam, desde o diagnóstico, continuando durante e após o tratamento, aumentando a gravidade dos efeitos da quimioterapia e afetando a adesão ao tratamento. A detecção precoce de morbidades psiquiátricas ajuda no manejo do tratamento com impacto na melhoria da QV. Objetivo: verificar a ansiedade, depressão e QV de pacientes com câncer de mama e ginecológico, em tratamento quimioterápico. Metodologia: estudo quantitativo, descritivo e longitudinal, desenvolvido no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Utilizaram-se três instrumentos: o primeiro contendo questões relativas aos dados sociodemográficos e clínicos e para a avaliação da QV foi aplicada a versão abreviada em português do instrumento de Avaliação da Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde, o WHOQOL-bref e, em seguida, para avaliação dos transtornos de ansiedade e depressão, a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS). Para a análise dos escores das médias dos domínios e dos escores de ansiedade e depressão, utilizou-se o teste t-Student pareado e, para realizar a correlação entre os escores de ansiedade e depressão e os domínios de qualidade de vida, utilizou-se o coeficiente de correlação linear de Pearson. Resultados: participaram do estudo 16 mulheres, a maioria tinha entre 41 e 60 anos (56,3%); com companheiro fixo, católicas, com renda mensal individual de até um salário-mínimo. Houve prevalência da mesma quantidade de mulheres com baixa escolaridade (um a quatro anos de estudo) e com nível de escolaridade satisfatório (nove a onze anos). Em relação aos aspectos clínicos, a maioria das mulheres apresentou câncer de mama ou do colo do útero; haviam realizado algum tipo de cirurgia, antes de iniciarem o tratamento quimioterápico; algumas haviam feito radioterapia, e 62% delas utilizaram derivados platínicos como protocolo quimioterápico. Todas as pacientes apresentaram fraqueza/cansaço após administração de quimioterapia, e a grande maioria apresentou também vômitos e alopecia. Quanto à QV, as menores médias observadas, tanto no início do tratamento quanto no terceiro ciclo, foram do domínio físico, 51,78 e 50,25, respectivamente. Houve comprometimento dos domínios psicológico e ambiental, porém os dados analisados não foram estatisticamente significantes. Os níveis de ansiedade, antes de iniciarem o tratamento quimioterápico, estavam aumentados, apresentando uma diminuição nos escores de ansiedade, após o terceiro ciclo de quimioterapia. Não apresentaram sintomas de depressão, antes e após o tratamento quimioterápico. Observaram-se redução da QV em relação aos domínios psicológico e ambiental, quando avaliados antes do início do tratamento quimioterápico, e diminuição da QV relacionada aos domínios físico, psicológico e ambiental, quando avaliados após o terceiro ciclo de quimioterapia. Somente o domínio social da QV não sofreu influência significativa dos sintomas de ansiedade e depressão, nos dois momentos analisados. Conclusão: transtornos de origem psicológica, como a ansiedade e a depressão, estão associados à diminuição da QV de mulheres com câncer que se submetem ao tratamento quimioterápico.