Avaliação da esperança, ansiedade e depressão em pacientes com câncer no sistema gastrointestinal
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/481 |
Resumo: | Dentre os tipos de CA que mais acometem os brasileiros, é possível observar uma parcela significativa presente no sistema gastrointestinal. A doença pode trazer comprometimentos físicos, emocionais e sociais, além das dificuldades enfrentadas graças ao tipo de tratamento ao qual o paciente é submetido, que pode ser agressivo ou mutilador e ter diversos efeitos adversos. O acompanhamento clínico destes pacientes sugere que eles apresentam sintomas de depressão e ansiedade desde o momento do diagnóstico. O tratamento pode impor algumas dificuldades e limitações, porém é possível manter a expectativa ao pensar na possibilidade de cura. A esperança impulsiona o paciente a continuar lutando, afim de retomar seus projetos de vida. O objetivo geral deste estudo foi analisar a relação entre variáveis sóciodemográficas, clínicas, ansiedade, depressão e esperança de pacientes com câncer no trato gastrointestinal no período pré-operatório. Para a coleta de dados, utilizou-se três instrumentos: um contendo os dados sociodemográficos e clínicos do paciente, a Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) e a Escala de Esperança de Herth. Para análise estatística das variáveis categóricas foram empregadas as distribuições de frequências absolutas e percentuais, e para as variáveis quantitativas empregou-se medidas de tendência central, bem como medidas de dispersão. As variáveis categóricas foram comparadas aos escores de ansiedade utilizando-se o Teste t-Student e, quanto aos escores de depressão e esperança, utilizou-se também o teste não paramétrico de Mann-Whitney. Já para as variáveis quantitativas utilizouse as correlações de Pearson e Spearman. Participaram do estudo 36 pacientes, com média de idade de 62,08 anos, baixa escolaridade, aposentados, renda mensal de um a dois salários mínimos, casados e com religião. Em relação aos aspectos clínicos, a maioria dos pacientes apresentou CA colorretal, sem metástase, sem realização de tratamento prévio à cirurgia. Estavam internados há um dia e era o primeiro procedimento cirúrgico para a abordagem do tumor. Em geral, os pacientes apresentaram médias baixas de ansiedade (5,41) e depressão (3,13) com alfa de Cronbach de 0,75 e 0,78 respectivamente. Na análise univariada, observou-se que a escolaridade influenciou a ansiedade. Já em relação à depressão, o paciente que tem companheiro apresenta escore menor de depressão. Entretanto, na análise multivariada, nenhuma variável apresentou diferença estatisticamente significativa. A maioria dos pacientes apresentou nível elevado de esperança, evidenciado pela média encontrada (42,89). Quando analisada a relação da esperança com as variáveis sociodemográficas e clínicas, identificou-se diferenças significativas para ansiedade e depressão. Quanto menor o escore de ansiedade e depressão, maior o escore de esperança encontrado. Nenhuma outra variável apresentou diferença estatisticamente significativa. Observamos que os sujeitos do estudo, mesmo diante de um procedimento cirúrgico, mostravam-se tranquilos e esperançosos. A enfermagem, devido ao estreito vínculo que possui com o paciente, deve auxiliar no reconhecimento de sinais de transtornos emocionais e na promoção da esperança nos pacientes. |