Ansiedade e depressão em indivíduos com disfonias funcionais e organofuncionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Miranda, Adélia Ferraz Daher
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-14102014-095038/
Resumo: Analisou-se os níveis de sintomas de ansiedade e depressão em indivíduos disfônicos e indivíduos sem alterações vocais. Verificou-se correlação entre os traços de ansiedade e depressão com a percepção dos indivíduos disfônicos e não disfônicos sobre sua qualidade de vida em voz e os sinais e sintomas de desconforto do trato vocal. Participaram 62 indivíduos, 31 pacientes com disfonias funcionais ou organofuncionais, e 31 não disfônicos, com idades entre 18 e 55 anos. Todos responderam a Escala de Desconforto de Trato Vocal (EDTV), protocolo de Qualidade de Vida em Voz (QVV), Escalas de heteroavaliação de Hamilton para Ansiedade e Depressão (HAM A e HAM D), e Escalas de autoavaliação de Beck para depressão e IDATE traço e estado para ansiedade. Os resultados foram submetidos aos testes estatísticos de Mann-Whitney, Qui-quadrado e Teste de Correlação de Spearman, considerando significância de 5%. As médias de escores obtidas foram: HAM-A iguais a 17,72 e 7,53; HAM-D 11,22 e 4,28; IDATE-E 44,31 e 36,75; IDATE-T 44,63 e 35,47; BECK 12,22 e 6,72, para os disfônicos e para os não disfônicos, respectivamente (p≤0,03). Foi encontrada correlação entre o QVV e os sinais e sintomas de ansiedade e depressão quando analisado o grupo todo, mas esta correlação não se repetiu quando analisado separadamente o grupo de disfônicos. O grupo de não disfônicos apresentou correlações regulares entre o domínio físico do QVV e HAM-A, IDATE-E, IDATE-E e Beck e correlação forte com HAM-D; correlações regulares entre o domínio sócio emocional do QVV e IDATE-T e Beck; no domínio total do QVV houve correlação regular com HAM-A, IDATE-T, IDATE-E e Beck e correlação forte com HAM-D. Em relação às queixas pesquisadas no EDTV e os escores das escalas de avaliação psicométrica, foi encontrado para o grupo todo correlações moderadas entre quase todos os parâmetros pesquisados, com exceção para cinco correlações fortes: entre frequência de queimação e IDATE-T, frequência e intensidade de coceira e HAM-A, frequência de garganta irritada e HAM A e entre intensidade de garganta irritada e IDATE-T. Analisando os indivíduos disfônicos foi encontrada correlação forte entre frequência de sensação de secura na garganta e HAM-A e graus moderados em apenas 11 dentre as 80 correlações analisadas, considerando-se frequência e intensidade dos sintomas do EDTV. No grupo de não disfônicos foi encontrada correlação forte entre frequência de aperto e IDATE-T e graus moderados em 40 das 80 correlações pesquisadas entre as queixas que compõem o EDTV e as escalas psicométricas. Os indivíduos disfônicos apresentaram maiores níveis de ansiedade e depressão do que os não disfônicos, assim como houve maior número de indivíduos disfônicos com ansiedade e depressão em categorias nosológicas mais graves em todos os protocolos psicométricos utilizados. Houve maior número de correlações entre as escalas de ansiedade e depressão com os escores de qualidade de vida em voz e de desconforto do trato vocal para os indivíduos não disfônicos do que para os disfônicos.