Prognóstico neonatal e aos vinte e quatro meses de vida de idade corrigida, de crianças com muito baixo peso ao nascer, decorrentes de gestações complicadas por síndromes hipertensivas
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2635695 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48832 |
Resumo: | Objetivo: avaliar a morbidade e mortalidade no período de internação pós parto e durante os primeiros 24 meses de idade corrigida de crianças com muito baixo peso ao nascer, cujas mães eram portadoras de síndromes hipertensivas da gestação, em comparação com recém-nascidos com muito baixo peso de outras etiologias . Método: Estudo coorte retrospectivo realizado com crianças pré-termo com peso inferior a 1500 g, que nasceram no Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo- Escola Paulista de Medicina no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2007, com avaliações antenatais maternas e conceptuais, e do recém-nascido durante a internação e até os dois anos de idade corrigida. Resultados: Selecionamos 93 recém-nascidos. Desses, 49 foram oriundos de gestantes hipertensas e 44 sem hipertensão. Dos 49 RN de mães hipertensas 7 (14,3%) tiveram óbito no período intrahospitalar. Das 42 crianças sobreviventes, 14 (33,3%) não realizaram acompanhamento ambulatorial (Grupo sem seguimento) e 28 (66,7%) foram avaliadas. Dos 44 RN de mães sem hipertensão 12 (27,2%) foram a óbito no período intrahospitalar. Das 32 crianças que poderiam ser avaliadas, 11 (34,4%) não realizaram acompanhamento ambulatorial (Grupo sem seguimento) e 21 (65,6%) foram analisadas. Não houve diferença significante no índice de mortalidade intra-hospitalar entre os dois grupos sendo que no geral tivemos 20,4% de decessos em nossa amostra. Houve maior número de mortes nas crianças com peso ao nascer menor que 1000g (p<0,001). Em relação as características maternas e antenatais: As gestantes hipertensas usaram mais corticóide (p=0,015) e sulfato de magnésio (p<0,001), realizaram mais parto cesáreo (p<0,001) e apresentaram com mais frequência, perfil hemodinâmico fetal com centralização de fluxo (p<0,001). Na comparação entre os grupos estudados durante o período de internação os resultados revelaram que o boletim de Apgar com asfixia (p=0,011), menor idade gestacional (p=0,044), e a presença de displasia bronco pulmonar (p=0,007) foram mais incidentes no grupo sem hipertensão materna. Todas as outras variáveis estudadas não apresentaram diferenças estatísticas entre os dois grupos. Aos 24 meses de idade corrigida não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos para todas as variáveis analisadas. Conclusões: Foi identificada elevada prevalência de complicações perinatais de forma global. A hipertensão arterial materna não é um fator de proteção a longo prazo ao recém-nascido prematuro. |