Repercussões da pré-eclâmpsia no trato gastrointestinal de recém-nascidos prematuros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pelicia, Simone Manso de Carvalho [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/149957
Resumo: Introdução: A pré-eclâmpsia é a principal indicação médica para o nascimento prematuro. Apesar dos sintomas maternos parecerem resolvidos com o nascimento do concepto, há evidências cada vez maiores indicando que a pré-eclâmpsia está associada a alterações em longo prazo na mãe e filho. A falta de conhecimento sobre as alterações fisiopatológicas dos RN de mães com PE é um fator limitante nos cuidados neonatais e motivou a realização desse estudo Objetivo: Avaliar em RN de mães com pré-eclâmpsia as alterações de fluxo sanguíneo da artéria mesentérica superior (AMS) bem como a evolução neonatal, comparando os RN de mães com PE versus mães normotensas. Método: Estudo observacional prospectivo com 120 prematuros menores que 34 semanas divididos em 60 filhos de mães com pré-eclâmpsia pareados pela idade gestacional com 60 prematuros de mães normotensas no período de 2013 a 2106. Foram avaliados dados clínicos no primeiro mês de vida e fluxo sanguíneo da artéria mesentérica superior (AMS) por ultrassom Doppler nas primeiras 72 horas. Resultados: O ultrassom Doppler mostrou que há diminuição nos fluxos pico sistólico e diastólico dos filhos de mães com PE com controle de variáveis que influenciam a vasculatura neonatal (p<0,05). Na avaliação dados maternos e gestacionais houve aumento do número de casos das seguintes variáveis nas mães com PE: uso de corticoide ante natal, trabalho de parto prematuro, uso de antibiótico intraparto e parto cesárea. Nas variáveis de nascimento e neonatais encontramos que os filhos de mãe com PE são em maior número nas seguintes variáveis: peso para a idade gestacional, restrição de crescimento fetal e uso de ventilação com pressão positiva. A correlação dessas variáveis com a Dopplerfluxometria não mostrou alteração dos valores de pico sistólico e diastólico dos filhos de mães com pré-eclâmpsia. Conclusão: A pré-eclâmpsia altera o fluxo da AMS nos primeiros dias de vida, no entanto, não há aumento de intercorrências alimentares nesses recém-nascidos.