Alterações autonômicas e renais na prole masculina de ratas restritas de sono durante final da prenhez

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Raimundo, Joyce Regina Santos [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2892781
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48941
Resumo: A restrição de sono está associada a diversas alterações tais como: hipertensão arterial sistêmica, diminuição do controle glicêmico e obesidade. Considerando-se que modificações no ambiente materno podem resultar em alterações na prole, o objetivo do presente trabalho é estudar o impacto da restrição do sono durante a prenhez sobre a morfologia e função renal e função cardiovascular dos filhotes em idade adulta. Avaliamos a morfologia renal, função renal, função do barorreflexo cardíaco, tônus autonômico e balanço simpato-vagal para o coração e a pressão arterial na prole do sexo masculino. Para o estudo, fêmeas Wistar, com 3 meses de idade foram colocadas para cruzar. Após a confirmação da prenhez, estas foram divididas em dois grupos experimentais: C (controle) e RS (restrição de sono entre o 14º e o 20º dia de prenhez). A restrição de sono foi realizada pelo método da plataforma múltipla, por 20 horas diárias. Após o nascimento, foram selecionados 6 filhotes por mãe(preferencialmente na proporção de 4 machos para 2 fêmeas), designados como FMC (filhos de mães C) e FMRS (filhos de mães RS); as fêmeas não foram utilizadas neste estudo. Na primeira parte deste estudo a pressão arterial indireta (PA) foi aferida por pletismografia aos 3 meses, e a seguir foram avaliados os seguintes parâmetros de função renal: ritmo de filtração glomerular (RFG), fluxo plasmático renal (FPR), área glomerular, cargas excretas e filtradas de sódio e potássio, excreção renal de ácidos, osmolaridade urinária e fluxo urinário. Após a avaliação funcional os rins foram retirados para análise morfológica. Em relação ao grupo controle, observamos em FMRS aumento do RFG (9.2 ± 0.4 versus 7.9 ± 0.2 mL/min/Kg) e aumento da área glomerular (8125 ± 156.9 versus 7693 ± 135.6 um2). Na segunda parte do estudo foram adquiridos parâmetros cardiovasculares diretos e foi avaliada sensibilidade barorreflexa cardíaca, tônus autonômico e balanço simpato-vagal, em outro grupo de animais ao 4 meses. Em relação ao grupo controle, observamos em FMRS diminuição do barorreflexo cardíaco (-1.59 ± 0.12 versus -2.21 ± 0.12 bpm/mmHg), aumento do tônus simpático para o coração (-40.08 ± 8.81 versus -14.76 ± 3.27 bpm) e desbalanço simpato-vagal (0.38 ± 0.043 versus 0.17 ± 0.014 Hz). Estes resultados sugerem que o aumento da pressão arterial esteja associado às alterações encontradas na morfologia e na função glomerular do grupo FMRS. O aumento do tônus simpático para o coração e diminuição no controle barorreflexo cardíaco observados em FMRS sugerem que alterações centrais estejam envolvidas no aumento da pressão arterial.