Efeito dos processos do cultivo celular de células-tronco endometriais humanas e sua influência na taxa gestacional de murinos submetidos à transferência embrionária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rochetti, Raquel Cellin [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5687412
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50579
Resumo: As células-tronco vêm sendo fortemente estudadas devido ao seu papel terapêutico. No ambiente uterino, as células-tronco endometriais (EnMSC) são participantes ativas da implantação embrionária atuando como imunomoduladoras dos processos inflamatórios decorrentes desse evento, porém o bom funcionamento e a quantidade dessas células podem influenciar no sucesso de adesão do embrião ao útero. Em terapias celulares, é comum a manipulação in vitro das células-tronco a fim de expandir e/ou armazenar as células para futuras aplicações, porém, processos in vitro podem interferir na qualidade das células influenciando o resultado final do tratamento. Desse modo, o objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos dos processos do cultivo celular das EnMSC e observar a influência do transplante dessas células na taxa gestacional de murinos submetidos à transferência embrionária. Para isso, foram coletados tecidos endometriais de 5 voluntárias, isolados e cultivados in vitro para expansão das EnMSC até a terceira passagem. As EnMSC foram caracterizadas e avaliadas quanto ao crescimento celular e à peroxidação lipídica. Além disso, foi avaliado o perfil metabolômico presente no meio de cultivo condicionado. Em seguida, embriões murinos em fase de blastocisto foram transferidos para camundongas, com e sem o acréscimo de 1x105 células em cada lado do útero. Após o período gestacional foi avaliado a taxa de prenhez, a quantidade de camundongos nascidos e peso ao nascer. Como resultado, pudemos observar que em passagens baixas as EnMSC mantêm um padrão de crescimento in vitro similar entre as passagens, sem alteração no estresse oxidativo. Através da análise metabolômica foi observado um perfil metabólico diferenciado entre as passagens pré e pós-congelamento, de forma que a passagem pós-congelada teve maior abundancia de esfingosina e esfingosina-1-fosfato. Já na transferência embrionária, foi observado estresse das camundongas receptoras acompanhado de ato canibal, além disso, não foi observada diferença significante quanto à taxa de prenhez, número de nascidos e peso ao nascer. Assim, de acordo com os resultados foi possível concluir que o padrão de cultivo utilizado nesse estudo é viável para expansão in vitro das EnMSC e que o congelamento dessas células altera seu perfil metabólico, embora esses fatores não tenham influenciado na taxa de implantação de embriões transplantados às camundongas.