Efeitos do exercício de ultra-endurance sobre a cartilagem articular de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Franciozi, Carlos Eduardo da Silveira [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/21678
Resumo: Introdução: O exercício físico é um hábito difundido com comprovados benefícios à saúde. Quando praticado em intensidade leve e moderada, acarreta alterações benéficas na cartilagem, sendo até mesmo preconizado no tratamento da artrose. Porém, a relação entre o exercício excessivo e a osteoartrose ainda é controversa. Objetivo: Avaliar se o exercício excessivo pode acarretar osteoartrose utilizando um novo protocolo denominado treinamento de ultra-endurance em ratos. Métodos: Ratos Wistar foram divididos em dois grupos: grupo controle (GC) com 12 animais e grupo treinado (GT) com 12 animais. Os animais do GT foram submetidos a um treinamento de corrida em esteira com melhora progressiva do condicionamento físico durante 12 semanas realizando um exercício final de corrida até exaustão, tendo percorrido pelo menos 55 km nessas 12 semanas. Ao término desse período, todos os animais foram sacrificados e seus joelhos removidos para estudo hitomorfométrico, histomorfológico, histoquímico, eletroforético e fluorimétrico. Resultados: Houve diferenças significativas entre os dois grupos. O GT apresentou maior número de condrócitos, um importante aumento no número de pares de clones de condrócitos, uma quantidade de condrócitos em processo de morte celular expressivamente maior, alcançando graus mais elevados da classificação histológica de osteoartrose e uma marcante diminuição dos glicosaminoglicanos sulfatados e do ácido hialurônico. Conclusões: A cartilagem articular dos ratos treinados submetidos ao exercício de ultra-endurance demonstrou alterações predisponentes do processo osteoartrósico através de modificações celulares patológicas como aumento dos pares de clones de condrócitos e aumento da quantidade de condrócitos com características de morte celular, além da diminuição expressiva de componentes da matriz extracelular como os glicosaminoglicanos sulfatados e o ácido hialurônico.