Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular de joelho de ratas ooforectomizadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Fontinele, Renata Gabriel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Rat
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-01042008-094818/
Resumo: A incidência de osteoartose, ou degeneração da cartilagem articular aumenta na pós-menopausa, condição esta relacionada à deficiência de estrógeno. Por outro lado, tem sido demonstrado que a atividade física regular e moderada tem efeitos benéficos sobre o sistema esquelético, em qualquer condição, mas especialmente na menopausa. Utilizando ratos Wistar, como modelo experimental, os objetivos deste trabalho são: a) verificar se a ooforectomia produz alterações na estrutura da cartilagem articular da epífise proximal da tíbia e b) verificar se a realização de exercícios físicos aeróbicos tem efeito sobre estas alterações. Para a realização deste estudo foram utilizadas 24 ratas com 6 meses de idade, da linhagem Wistar, distribuídas em 3 grupos de oito ratas cada: GC-Ratas com seis meses de idade, não submetidas à ooforectomia nem atividade física; GOS-Ratas com seis meses de idade, que sofreram ooforectomia bilateral, mas que não fizeram atividade física e, GOT-Ratas com seis meses de idade que foram submetidas à ooforectomia bilateral mais atividade física (corrida em esteira) durante 3 meses. Todos os animais foram eutanasiados com 9 meses de idade. A avaliação foi realizada através de microscopia de luz em cortes histológicos corados pela Hematoxilina-Eosina e pelo Picrossírius e estudos à microscopia eletrônica de varredura. À microscopia de luz, foram feitas medidas da espessura das zonas da cartilagem articular, contado o número de condrócitos por área, determinados os volumes dos núcleos dos condrócitos e a densidade de volume das fibras colágenas e à microscopia eletrônica de varredura foi analisada a superfície da cartilagem nos três grupos. Os dados quantitativos foram comparados estatisticamente pelo ANOVA e teste de Tukey. Os resultados mostraram que houve um aumento de peso nos animais do GOS e GOT em relação ao GC. Quanto ao treinamento, os animais do GOT tiveram melhor rendimento nos TEMs. Quanto à espessura da cartilagem observamos um aumento da espessura da zona superficial no côndilo medial da tíbia no GOS em relação ao GC. O número de condrócitos por campo foi alterado apenas no GOS, que mostrou um aumento de 34% em relação ao GC, o que, ao que parece, se deveu ao aumento do número de condrócitos da camada profunda. O volume nuclear dos condrócitos da zona superficial foi menor no GOS que no GC. O mesmo ocorreu na zona média do côndilo medial. Quanto aos valores da cartilagem da epífise proximal como um todo, observamos que o volume nuclear dos condrocitos do GOS e também do GOT foram menores do que do GC. Para o colágeno observamos um aumento da densidade de volume do colágeno no GOS e no GOT em relação ao GC. A microscopia eletrônica revelou a presença de lesões degenerativas semelhantes tanto para o GOS, quanto para o GOT. Podemos concluir que a depressão dos níveis de estrógeno acarreta alterações importantes na cartilagem articular da epífise proximal da tíbia tanto no componente celular, quanto na matriz e que a realização de exercícios físicos, isoladamente, parece não influenciar essas alterações.