Alterações provocadas por esforços repetitivos na cartilagem articular do joelho: estudo realizado em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Camargo Filho, José Carlos Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-17102017-103600/
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo estudar as alterações da cartilagem articular dos côndilos femural de ratos, provocadas pela variação da amplitude de movimento e da frequência, utilizando-se uma máquina de movimentação de flexo-extensão contínua passiva. Foram utilizados 24 ratos machos Wistar, divididos em quatro grupos: G1 (exercitados com 80 ciclos/minuto em grande amplitude), G2 (exercitados com 80 ciclos/minuto em pequena amplitude), G3 (exercitados com 40 ciclos/minuto em grande amplitude) e G4 (exercitados com 40 ciclos/minuto em pequena amplitude). Os animais pertencentes aos quatro grupos realizaram exercícios de flexo-extensão contínuas, diariamente, por 1 hora, através de um equipamento que atende aos princípios do mecanismo biela-manivela, o qual produz movimentos contínuos de flexo-extensão com grande e pequena amplitude, em frequência de 80 e 40 ciclos por minuto. Após 15 dias os animais foram sacrificados e de cada um a cartilagem articular do côndilo lateral do joelho direito foi retirada, incluída, cortada, corada com hematoxilina-eosina e analisada em fotomicroscópio. Pela análise histológica observou-se aumento do número de células na área da cartilagem articular definida para o estudo, nos quatro grupos exercitados, quando comparados ao respectivo controle. Os animais exercitados à velocidade de 80 ciclos por minuto e grande amplitude apresentaram um aumento no número de células quando comparados aos animais exercitados à velocidade de 40 ciclos por minuto em grande e pequena amplitude. O mesmo ocorreu com os animais exercitados com velocidade de 80 ciclos por minuto e pequena amplitude, comparados aos animais exercitados com velocidade de 40 ciclos por minuto e pequena amplitude. Quanto à análise das medidas de espessura foi encontrado aumento em todos os grupos em relação ao respectivo controle. Os animais exercitados à velocidade de 80 ciclos por minuto e grande amplitude apresentaram um aumento da medida de espessura quando comparados aos animais exercitados à velocidade de 40 ciclos por minuto e pequena amplitude, o mesmo ocorrendo com os animais exercitados com velocidade de 40 ciclos por minuto e pequena amplitude. Os dados demonstram que os exercícios de flexo-extensão contínua passiva estimulam aumento do número de células e aumento da espessura, não podendo ser atribuída como processo de lesão e, sim, como aumento de atividade metabólica e fator de proteção e adaptação.