Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Perrechi, Mirtes Cristina Telles [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/24237
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Resumo: |
Objetivos: Esta pesquisa teve como objetivo avaliar características de pacientes internados por tuberculose em dois hospitais do município de São Paulo que internam mais de cinqüenta casos/ano verificando o desfecho de tratamento comparativamente a pacientes ambulatoriais, bem como identificar as variáveis mais relacionadas à internação, cura e óbito de pacientes internados e o fluxo de acesso entre hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBS). Métodos: Foi realizado um estudo de campo prospectivo no qual foram entrevistados 166 pacientes internados consecutivamente por tuberculose em dois hospitais e verificadas as variáveis secundárias de 308 pacientes não internados, tratados em UBS, no período de janeiro a dezembro de 2007, no Distrito Administrativo de Santana e de Vila Mariana, município de São Paulo. Para verificação do desfecho de tratamento dos pacientes internados e não internados foi consultado o Sistema de Informação de Tuberculose (TB-WEB-SES/SP). Resultados: Dos 474 pacientes estudados 67,51% eram do sexo masculino e 32,49% do feminino, faixa etária predominante de 20 a 59 anos e a forma clinica pulmonar em 71,65%. Destes, 81,00% tinham baciloscopia positiva entre os internados e 62,00% entre os ambulatoriais. O teste de HIV foi positivo em 27,70% dos pacientes internados e 13,30% dos não internados. Nos pacientes internados (166), 72,00% foram descobertos em P.S/Hospitais, 68,67% eram de casos novos e 69,12% haviam procurado outro serviço antes do diagnóstico. Nos pacientes ambulatoriais (308), 56,82% foram descobertos em ambulatórios, 85,38% de casos novos e 55,19% haviam procurado outro serviço antes do diagnóstico. O desfecho de tratamento entre os internados revelou 41,57% de cura, 29,52% de abandono e 29,52% de óbito e entre os não internados 78,25% de cura, 16,55% de abandono e 2,60% de óbito. Associaram-se à internação por tuberculose as variáveis: descoberta em P.S/Hospitais (OR 55,42), ter procurado outro serviço previamente (OR 12,32), casos de retratamento (OR 18,51) e ser HIV positivo (OR 18,57). Associaram-se à cura: HIV negativo (OR 9,16) e ser diagnosticado em menos de 12 semanas (OR 34,12) e associaram-se ao óbito ter HIV positivo (OR 9,02) e ter sido descoberto em ambulatório (OR 7,13). Em relação ao fluxo de acesso a maioria dos pacientes não internados e internados no Hospital do Mandaqui são tratados na Coordenadoria Regional de Saúde referente à região do Distrito Administrativo de moradia, o que não foi evidenciado nos pacientes internados no Hospital São Paulo, evidenciando menor grau de regionalização. Conclusões: O desfecho de tratamento nos pacientes internados mostraram graves indicadores de morbimortalidade hospitalar por tuberculose com menor taxa de cura e maior taxa de óbito em relação aos pacientes não internados. A AIDS contribuiu para a gravidade dos indicadores de desfecho hospitalar. A regionalização dos casos foi menor nos pacientes internados no Hospital São Paulo. É importante o acompanhamento da chegada dos pacientes internados às UBS, a fim de se melhorar os indicadores de desfecho de tratamento destes pacientes. |