Vigilância da Tuberculose Latente nas pessoas que vivem com HIV/aids em Ribeirão Preto - SP, 2012 e 2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Antunes, Aline Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-15022016-161844/
Resumo: A TB é a principal doença oportunista a acometer as pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), sendo a coinfecção TB/HIV um importante desafio para os sistemas de saúde. O estudo objetivou descrever a vigilância da tuberculose latente nas PVHA acompanhadas pelos Serviços de Atenção Especializada ao HIV/aids (SAE) da rede municipal de saúde de Ribeirão Preto- SP, nos anos de 2012 e 2013. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, do tipo levantamento. Participaram 33 indivíduos que desenvolveram diagnóstico de tuberculose latente em 2012 e 2013, notificadas no Sistema de Informação \"Quimioprofilaxia TB\", e que viviam com HIV/aids, acompanhadas nos cinco SAE de rede pública municipal de Ribeirão Preto- SP. Para proceder à coleta de dados, inicialmente foi realizado um levantamento das PVHA diagnosticadas com tuberculose latente, a partir do número de indivíduos cadastrados no sistema de informação \"Quimioprofilaxia TB\". Posteriormente, foi utilizado um questionário estruturado contendo 30 questões do qual trabalhou-se com as seguintes seções: I - Dados sociodemográficos; II - Dados sobre o perfil clínico das PVHA - no momento do diagnóstico da TB latente; III- Dados sobre o controle da TB nas PVHA; IV- Dados sobre a situação, estratégias de acompanhamento e o desfecho da TB latente nas PVHA. O estudo foi desenvolvido a partir de fontes secundárias de informação: Sistema de Informação (SI) \"Quimioprofilaxia TB\"; Prontuário Clínico; Sistema Informatizado Hygia-Web e Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). De forma complementar, com apoio de um roteiro específico foi realizada entrevista com o ator chave - coordenador do Programa Municipal de Controle da Tuberculose e do Programa de DST/aids/hepatites virais - com o intuito de caracterizar o cenário com enfoque na descrição das ações de prevenção e controle da TB nas pessoas com HIV/aids. A análise dos dados foi realizada por meio de técnica estatística descritiva. Dos 355 casos identificados no SI Quimioprofilaxia TB, 135 foram notificados em 2012 e 220 em 2013, sendo que 44 ocorrências envolviam as PVHA em seguimento na rede pública municipal de saúde, dos quais 21 (47,7%) pertenciam ao SAE \"C\". Foram excluídos 11 casos devido à não localização de prontuários clínicos e equívocos na classificação de indivíduos que não possuíam o diagnóstico de HIV/aids. Das 33 PVHA consideradas na amostra final do estudo, houve predomínio do sexo masculino (54,5%), faixa etária de 31 a 60 anos (72,7%), economicamente ativos e casados/ união estável (36,4%). Em relação ao perfil clínico, 75,8% tinham a aids como situação diagnóstica, faziam uso da TARV, porém apenas 30,3% tinham registros de retirada mensal de tais medicamentos. A contagem de células de proteção (TCD4+) e carga viral indicava estabilização do HIV/aids na maioria dos sujeitos. Quanto ao controle e desfecho da QT, a maioria (93,9%) dos pacientes realizou o tratamento na modalidade autoadministrada, sendo que 22 (66,7%) finalizaram o tratamento, mas observou-se uma taxa de abandono de 18,1%. Sendo a TB a principal doença oportunista a acometer e ser responsável pelo maior número de mortes associadas às PVHA, torna-se essencial a implementação de estratégias que favoreçam a vigilância da TB latente nas PVHA contribuindo como medida fundamental para o controle da doença ativa. A vigilância dos dados contribui para o planejamento e melhoria das ações e intervenções prestadas. Assim, desafios são lançados no que se refere à integração de ambos programas frente à importância da vigilância e manejo dos agravos no contexto das políticas públicas