Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lucena, Germana [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/72374
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Resumo: |
Introdução: A osteoartrite (OA) é um distúrbio que envolve articulações móveis, caracterizado por estresse celular e degradação da matriz extracelular iniciada por micro e macro lesões que ativam repostas de reparo mal adaptativas, incluindo vias pró-inflamatórias de imunidade inata. A dor constitui seu principal sintoma, causando enorme impacto funcional aos pacientes. A infiltração intra-articular (IIA) com corticosteroides, como o hexacetonide de triancinolona (HT), tem sua efetividade comprovada, é intervenção presente em todas as recomendações detratamento e procedimento muito realizado na prática clínica. No entanto, não existem estudoscontrolados que avaliem o efeito da dor articular prévia ao procedimento na efetividade da IIA com HT em pacientes com OA de joelho. Objetivos: Comparar, entre pacientes com baixo nível e alto nível de dor articular no joelho, a efetividade da IIA com HT em pacientescom OA nessa articulação quanto à melhora da dor, função, porcentagem de melhora e qualidade de vida. Material e Métodos: Foi realizado estudo de Coorte prospectivo em pacientes com OA de joelhos captados dos ambulatórios da Disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo 3 UNIFESP. Os pacientes foram divididos em Grupo Menor Dor [escala visual analógica de dor (EVA 0-10cm) ao movimento f 5] e Grupo Maior Dor (EVA de dor ao movimento g 8), ambos com 35 pacientes, pareados para sexo, idade, Índice de Massa Corpórea e Classificação Radiológica de Kelgreen and Lawrence (KL). Os pacientes foram submetidos a uma única IIA com 40mg (2ml) de HT no joelho mais sintomático pelo mesmo reumatologista e submetidos à avaliação <cega= nas semanas T0 (antes da IIA), T4 e T12, segundo os seguintes instrumentos de avaliação: EVA (0-10cm) para dor ao movimento, EVA para dor ao repouso, questionário funcional WOMAC e seus 4 domínios, teste funcional Timed Up and Go (TUG), porcentagem de melhora de 20%, 50% e 70% da EVA de dor ao movimento, Questionário Genérico de Qualidade de Vida SF 36 e seus oito domínios e critério OMERECT/OARSI de melhora. Considerou-se uma diferença estatística de 5%. Resultados: Nesse estudo foram avaliados 70 pacientes, com idade média de 66,6 (7,8) anos, tempo médio de doença de 5,3 (5,5) anos, dos quais 86% eram mulheres, 27% se consideraram de cor branca, e 7%/7%/63% tinham classificação KL I/II/III. As médias de EVA de dor ao movimento e ao repouso no T0 foram, respectivamente, de 4,3 (0,6) e 4,0 (2,6) para o Grupo Menor Dor e de 8,1 (0,5) e 5,9 (1,9) para o Grupo Maior Dor. Em relação à variável EVA de dor ao repouso, o Grupo Menor Dor evoluiu com média de percentual de melhora de 81,3 (35,4) no T4 e 46,2 (59,7) no T12, enquanto o Grupo Maior Dor evoluiu com média de percentual de melhora de 72,4 (31,3) no T4 e 61,2 (40,4) no T12, com diferença estatística entre eles no T4 favorável para o Grupo Menor Dor. Em relação ao domínio Capacidade Funcional do Questionário Genérico de Vida SF-36, o Grupo Menor Dor evoluiu com médias de 43,7(19,8) no T0, para 77,4(23,7) no T4 e 64,4(24,2) no T12, enquanto o Grupo Maior Dor evoluiu com médias de 28,6(16,5) no T0, para 76,7(28,1) no T4, e 62,3(29,3) no T12, com diferença estatística favorável ao Grupo Maior Dor. Para todos os outros instrumentos de avaliação, não houve diferença estatística na comparação entre os grupos. Conclusões: Quando se comparou a efetividade da IIA com HT em joelhos de pacientes com OA, observou-se evolução estatisticamente favorável para o Grupo Menor Dor em relação à EVA de dor ao repouso e para o Grupo Maior Dor em relação ao domínio Capacidade Funcional do Questionário SF-36. Em relação à todas as outras variáveis avaliadas, não se observou diferença estatística entre os dois grupos. |