Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Sanna Roque [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66041
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Resumo: |
Introdução: A osteoartrite (OA) é a doença articular mais prevalente, no entanto, é aquela com menos intervenções terapêuticas recomendadas. As infiltrações intra articulares (IIAs) de corticosteroides são comumente usadas no manejo da dor desses pacientes. O hexacetonide de triancinolona (HT) é a medicação de escolha para o tratamento intra-articular da OA, dadas as suas propriedades de atrofia sinovial e absorção lenta a partir do local da IIA. Na OA de joelhos, sua efetividade a curto prazo (até 4 semanas) já foi confirmada em revisões sistemáticas de estudos placebo controlados. No entanto, pouco é conhecido sobre os fatores preditores de boa resposta a essa intervenção. Objetivo: Identificar variáveis preditoras de boa resposta à IIA com HT em joelhos de pacientes com OA primária segundo os critérios do American College of Rheumatology- ACR. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo de caso-controle com banco de dados de pacientes com OA primária de joelho submetidos a uma IIA com HT realizada pelo mesmo reumatologista que foram incluídos em três estudos prospectivos controlados randomizados duplo cego. Os pacientes foram avaliados prospectivamente pelo mesmo avaliador “cego” através dos mesmos instrumentos de avaliação, e pelo mesmo tempo de seguimento (T0, T4 e T12 semanas). Foram considerados pacientes pertencentes ao GRUPO BOA RESPOSTA (GBR) ou GRUPO CASO aqueles que apresentassem melhora concomitante de 50% na EVA (0-10cm) (Escala visual analógica) de dor ao movimento, EVA de dor ao repouso e WOMAC – domínio função. Os pacientes que não apresentaram essa característica formaram o GRUPO MÁ RESPOSTA (GMR) ou GRUPO CONTROLE. Realizaram-se Análise de Regressão Logística Univariada (ARLU) e Multivariada (ARLM) na tentativa de se identificar variáveis de baseline preditoras do paciente pertencer ao GRUPO BOA RESPOSTA tanto no T4 quanto no T12 separadamente. Foram consideradas 17 variáveis de baseline (T0) (contínuas ou categorizadas) potencialmente preditoras dentre aquelas relacionadas a dados demográficos, radiográficos, educacionais, à OA, a comorbidades, ao uso de medicamentos, à dor no joelho, ao questionário funcional WOMAC (e seus três domínios), ao teste funcional Timed Up and Go Test (TUG) e ao questionário genérico ix de Qualidade de Vida SF-36 (e seus oito domínios). Considerou-se uma significância estatística de 5%. Resultados: Foram estudados 168 pacientes, 150 (89,3%) mulheres, com média de idade de 66,5 (± 7,03) e média de tempo de doença de 5,56 (± 5,56). No tempo inicial do estudo, a EVA dor ao repouso teve média de 4,57 (± 2,23) e a EVA de dor ao movimento média de 6,30 (±1,70). No T4 a ARLU identificou sete variáveis de baseline (T0) preditoras do paciente pertencer ao GBR; foram elas: o sexo masculino, menores escores do WOMAC Rigidez, menor valor de TUG e maiores escores dos domínios Dor, Estado Geral de Saúde, Vitalidade e Aspectos Sociais do questionário de qualidade de vida SF-36. No entanto, a ARLM no T4 identificou apenas três variáveis preditoras do paciente pertencer ao GBR; foram elas: menores escores do WOMAC Rigidez, menor valor de TUG e maiores escores do domínio Aspectos Sociais do questionário SF-36. No T12 a ARLU identificou quatro variáveis preditoras do paciente pertencer ao GBR; foram elas: menores escores do WOMAC Rigidez e maiores escores dos domínios Dor, Estado Geral de Saúde e Aspectos Sociais do questionário SF-36. No entanto, a ARLM no T12 identificou apenas uma variável preditora do paciente pertencer ao GBR: o domínio Estado Geral de Saúde do questionário SF-36. Conclusões: Em pacientes com OA de joelho, a curto prazo (4 semanas), as variáveis de baseline preditoras de boa resposta à IIA com HT foram menores escores do WOMAC Rigidez, menor valor de TUG e maiores escores do domínio Aspectos Sociais do questionário SF-36. A médio prazo (12 semanas, a única variável identificada foram maiores escores do domínio Estado Geral de Saúde do questionário SF-36. |