A medicalização do fracasso escolar: narrativas de profissionais médicos, da educação e pais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Hornblas, David Sergio [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69145
Resumo: A presente pesquisa aborda diferentes questões ligadas ao fracasso escolar, quais sejam, a medicalização e a patologização dos processos educativos e comportamentos tidos como inadequados. Buscou-se na História da Educação do Brasil, na fenomenologia de Husserl, e na arqueologia de M. Foucault, matrizes filosóficas e ideológicas que suscitam a compreensão desses fenômenos como causadores dos índices alarmantes na transformação de questões escolares em problemas de saúde, tais como o uso abusivo de substâncias psicoativas (particularmente o metilfenidato), tratamentos psiquiátricos, neurológicos, neuropsicológicos e psicoterapêuticos, quando, por vezes, tais demandas estão ligadas ao processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, foi utilizada a metodologia da História Oral de Vida, operacionalizada por meio de narrativas dos atores envolvidos neste processo. Os resultados mostraram uma necessidade premente de revisar a formação básica de professores, pedagogos, psicólogos e médicos para que seja produzido um novo entendimento sobre os processos medicalizantes.