Discurso e medicalização: O significado do TDAH para pais e mães de alunos do Ensino Fundamental
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - PPGPS |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/2837 |
Resumo: | O objetivo desta pesquisa é identificar e analisar o significado do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDA/H) em relatos de pais e mães de filhos que receberam este diagnóstico. Desde o final do século XX, mais precisamente nos últimos trinta anos, tem sido crescente o número de diagnósticos de TDA/H como parte de um crescente processo de patologização e medicalização dos comportamentos. Nesse processo, a escola aparece como principal agente encaminhador de crianças para profissionais da área da saúde, confirmando os relatos que apontam o espaço educacional como reprodutor do discurso médico-científico, sem uma reflexão própria, contribuindo para manter a exclusão e a discriminação entre os considerados normais e os “anormais”, aqueles se distanciam de seus padrões. Para efetivar esta pesquisa, realizamos doze entrevistas semiestruturadas com pais e mães de alunos do ensino fundamental I, de escolas públicas e de uma clínica particular para tratamento especializado. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, orientada teórica e metodologicamente pela Psicologia Social Discursiva, que enfatiza a importância da linguagem e do discurso na compreensão dos processos psicossociais, desenvolvida por autores ingleses como Jonathan Potter e Margareth Wetherell. Os entrevistados, em sua maioria, aceitam passivamente, sem questionar, o diagnóstico médico atribuído a seus filhos e o uso de medicamentos psicotrópicos como meio de eliminar os problemas de aprendizagem e comportamentais de seus filhos, fato que evidencia o valor e poder do discurso médico em nosso contexto social. |