Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Abate, Evandro Benedito [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/72326
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Resumo: |
Objetivo: Analisar os fatores da vida acadêmica que causam sofrimento e influenciam o comportamento suicida em universitários da área de humanas de instituição federal. Método: Pesquisa quanti-qualitativa, exploratória-descritiva; realizada com 67 universitários dos seis cursos de humanas de universidade federal. Análise estatística pelo Teste Exato de Fisher entre as variáveis sociodemográficas, saúde mental e comportamento suicida; análise qualitativa dos dados pela análise de conteúdo; aplicação de questionário semiestruturado elaborado pelos pesquisadores no período de março a junho de 2021. Resultados: Dos 67 participantes, 73,15% eram do sexo feminino, 80,61% solteiros, 52% sem religião, 89,57% cisgêneros, 41,83% bissexuais, 74,60% sofreu violência física, psicológica ou sexual, 55,23% tinha histórico de tratamento em saúde mental na família, 22% tinha comportamento suicida na família, 52,24% usavam álcool, 61,20% fez ou fazia acompanhamento em saúde mental, 33,40% tinha diagnóstico de transtornos ansiosos, 29,60% de transtornos de humor, 55,24% fazia uso de psicofármacos, 29,84% psicoterapia, 8,94% tentou suicídio, sendo 38,1% com ingesta medicamentosa, 19,39% apresentaram comportamento suicida no último mês e 4,48% pretendia se suicidar no futuro. O ambiente acadêmico revelou-se causador de sofrimento psíquico, com excesso de demandas, competitividade, baixo rendimento acadêmico, dificuldades nas relações interpessoais, com diversas formas de violência como discriminação e racismo, abuso de substâncias psicoativas, dificuldades de permanência, suporte de saúde inadequado, com ambiente facilitador para a instalação de transtornos mentais e falta de apoio da instituição. Participantes relataram que a Instituição não oferecia apoio adequado para as necessidades de permanência estudantil e de detecção e tratamento suficiente aos em sofrimento mental. Os fatores acadêmicos podem elevar a susceptibilidade, principalmente, daqueles mais vulneráveis e com predisposição, para o adoecimento mental e comportamento suicida ou agravá-los se existentes. A Instituição poderia proporcionar ambiente humanizado para o bem-estar psíquico dos acadêmicos, com a elaboração e implantação de políticas públicas educacionais e psicossociais, regulamentação dos serviços de saúde mental e ampliação de acesso aos programas existentes, para a efetiva prevenção e identificação precoce do sofrimento psíquico. Considerações: Os fatores acadêmicos desencadearam ou agravaram o sofrimento mental, transtorno mental e comportamento suicida. |