Ensaio sobre a paixão de Antonin Artaud: Aproximações entre as ideias do poeta e a psicanálise lacaniana
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9772546 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61061 |
Resumo: | Antonin Artaud e Jacques Lacan, ao longo de suas trajetórias de vida, se encontraram direta e indiretamente. Enquanto internado no asilo de Sainte-Anne na década de 1930, Artaud teve seu destino decretado por Lacan, então psiquiatra chefe desta instituição, determinando que o poeta estaria impossibilitado de qualquer produção artística futura. Entretanto, as obras de Artaud elaboradas após esse período de internação seriam subsídios às elaborações filosóficas a partir da interlocução de Jacques Derrida e Gilles Deleuze, que criticariam os destinos da psicanálise lacaniana no final da década de 1960, gerando mudanças significativas na teoria psicanalítica, em especial a importância do falo e os desdobramentos dessa noção nos destinos da prática analítica. Artaud elabora uma forma de manifestação artística que denuncia a violência institucional, promovendo uma maneira heteronômica de estar no mundo, a partir da elaboração do corpo sem órgãos, noção que condensa sua vida e obra. Lacan, por sua vez, propõe um horizonte para a prática analítica pautado na destituição subjetiva, horizonte esse que visa a autonomia do sujeito frente às instituições que os constituem, sobretudo em relação ao falocentrismo que se apresenta no cerne da constituição do sujeito segundo a teoria psicanalítica. Ambos, poeta e psicanalista, apesar do histórico de divergências, apresentam semelhanças importantes, promovendo, em suas ressonâncias, modos de pensar a sociedade e a cultura de forma disruptiva, propondo maneiras singulares de estar no mundo. |