Avaliação da participação de mediadores inflamatórios no prejuízo de memória em ratos privados de sono

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Esumi, Lia Assae [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9029
Resumo: Estudos demonstram que a privação de sono (PS) provoca alterações cognitivas, como o prejuízo de memória. A PS pode ainda alterar a concentração de mediadores inflamatórios, como por exemplo as citocinas, que, por sua vez, estão relacionadas ao funcionamento cognitivo. Apesar das evidências, a relação das citocinas com este efeito da PS ainda precisa ser esclarecida. Dessa maneira, o presente trabalho teve como objetivo estudar o envolvimento destes mediadores inflamatórios no prejuízo de memória de ratos privados de sono. Ratos machos Wistar de 3 meses de idade foram privados de sono pelo método das plataformas múltiplas modificado durante 96 horas, enquanto que seus respectivos controles permaneceram nas gaiolas-moradia. Para a avaliação de memória após a PS, todos os animais foram submetidos ao treino, e, 24 horas depois, ao teste da tarefa de esquiva inibitória. O peso dos animais foi registrado diariamente. No primeiro experimento os animais receberam uma administração aguda de lipopolissacarídeo (LPS) nas doses 50 ou 75 Qg/Kg (i.p.), 3 horas antes do treino de esquiva inibitória, para induzir a produção de mediadores inflamatórios. Dadas as evidências do envolvimento da citocina interleucina-6 (IL-6) nos efeitos da PS, realizou-se também o bloqueio agudo e crônico desta citocina através da administração de um anticorpo (Ac) anti-IL-6 na dose 2 Qg/Kg (i.p.). A administração aguda também ocorreu 3 horas antes do treino de esquiva inibitória, enquanto que no tratamento crônico as administrações foram realizadas em todos os dias do período de PS. No tratamento com LPS, apenas a dose de 75 Qg/Kg resultou em um efeito significativo nas avaliações de memória: houve atenuação do prejuízo de memória dos animais privados de sono. Com relação ao peso corporal observou-se que o LPS reduziu significativamente o peso dos grupos controle e privado de sono 24 horas após a administração. Nos tratamentos com o Ac anti-IL-6, não foram observadas alterações no desempenho cognitivo, no entanto, o Ac atenuou a perda de peso nos animais privados de sono. Dessa maneira, os resultados sugerem o envolvimento de mediadores inflamatórios na modulação do prejuízo de memória e redução de peso observados em ratos privados de sono.