Estudo da hipertermia induzida pela privação de sono: possível participação da Interleucina-1beta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Gomes, Vanessa Leonora [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9522
Resumo: A privacao de sono (PS) e um modelo bem estabelecido para verificar os efeitos prejudiciais da vigilia prolongada e para o estudo das funcoes do sono. Durante este tipo de manipulacao, algumas alteracoes fisiologicas sao observadas, sendo notoria a reducao da capacidade em manter o padrao termorregulatorio, marcada por uma elevacao da temperatura corporea logo nas primeiras 24 horas de PS, que se mantem por pelo menos 96 horas de protocolo de PS. Sabe-se tambem que a PS induz aumento na producao de citocinas, como a Interleucina-1 (IL-1), um pirogeno classico, que medeia o comportamento doentio observado em animais submetidos ao desafio imunologico com lipopolissacarideo (LPS). Ratos submetidos a PS e ratos submetidos a administracao de LPS, apresentam aumento de citocinas e aumento de temperatura. A fim de investigar a participacao da IL-1 no aumento de temperatura induzido pela PS e comparar a magnitude e natureza dessa hipertermia com aquela produzida por LPS, administramos 2 ƒÊg/Kg de anticorpo anti-1 via intraperitoneal (i.p.) em ratos PS pelo metodo das plataformas multiplas modificado ao longo de 96 horas e em ratos tratados com 100 ƒÊg/Kg de LPS (i.p.). O presente estudo fornece evidencias de que a IL-1 nao desempenha papel primordial na hipertermia induzida pela privacao de sono, ao contrario da febre induzida por LPS, que tem participacao notavel da IL-1. Tal fato sugere o envolvimento de outros mecanismos e mediadores, bem como a sinergia entre estes na hipertermia induzida pela PS. Tambem identificamos que o aumento de temperatura e verificado dentro da 2a hora de PS, enquanto que o aumento de temperatura induzida por LPS e observado 4 horas apos sua administracao, sugerindo diferenca na ativacao temporal ou mesmo a existencia de mecanismos distintos para o disparo de ambos. Sabe-se que existe um alto custo metabolico associado ao aumento da temperatura corporea e sua manutencao, por isso aventa-se que a elevacao de temperatura verificada na PS nao seja apenas um efeito do estresse, mas um fenômeno determinado por outros fatores, ainda desconhecidos e que precisam ser melhor investigados.