Estudo das fraturas do úmero por trauma de baixo impacto em adultos acima de 50 anos de idade: análise retrospectiva do banco de dados de internação hospitalar no Brasil, de 2004 a 2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Tavano, Fabio Tadeu [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71131
Resumo: Introdução: As fraturas de úmero por fragilidade são frequentes, com um aumento crescente da incidência em idosos, o que representa um importante impacto na qualidade de vida e função do ombro afetado. Essas fraturas apresentam maior prevalência em mulheres acima de 65 anos, tornando-se a terceira mais comum por osteoporose, ficando atrás das de quadril e antebraço distal. Estudos epidemiológicos sobre as fraturas de úmero no Brasil são escassos e não incluem análises estatísticas das taxas de internação e tratamento. Objetivos: Calcular as taxas de fratura de úmero por fragilidade no Brasil de 2004 a 2013, em pacientes internados maiores de 50 anos, conforme o sexo, faixa etária e região geográfica, além de comparar as taxas de fraturas de úmero com as de antebraço distal. Métodos: Estudo retrospectivo observacional ecológico, com análise de tendência temporal, em pacientes acima de 50 anos, admitidos em rede hospitalar do Sistema Único de Saúde no Brasil, de 2004 a 2013. Os dados utilizados foram obtidos do Sistema de Informação Hospitalar, selecionados a partir dos Códigos Internacionais de Doenças para fraturas de úmero e antebraço distal, seguidos de seleção de códigos de traumas de baixo impacto. Realizou-se o cálculo das taxas de fraturas, por sexo, faixa etária e região geográfica, além de análise de regressão linear. Foi feita a comparação das taxas de fratura de úmero e antebraço, agrupadas em triênios, mediante análise de variância em blocos e nível de significância de 5%. Resultados: A taxa média de fraturas de úmero foi de 12,56 por 100.000 habitantes, sendo 14,11 no sexo feminino e 10,85 no sexo masculino. No período, houve um aumento de 16,3% da taxa absoluta dessas fraturas na população total, porém este aumento foi significativo apenas no sexo feminino (p 0,024). Em relação à faixa etária e sexo, verificamos que as faixas de 70 a 79 anos e acima de 80 anos, do sexo feminino, apresentaram aumento acentuado de 97% e 127% respectivamente, em comparação com mulheres mais jovens. O sexo masculino não apresentou aumento pronunciado com a idade. Ao longo de 10 anos, na análise de regressão linear, observou-se tendência de redução das taxas de fratura de úmero no período de 2004 a 2008, seguida de ascensão contínua a partir de 2009, principalmente, no sexo feminino da Região Sudeste (p 0,031). Na análise de variância em blocos, as taxas de fratura de antebraço foram significativamente maiores que as taxas de úmero em todas as faixas etárias do sexo feminino e nas faixas de 50 e 60 anos no sexo masculino. Conclusões: De 2004 a 2013, as taxas de fratura de úmero de baixo impacto em pacientes acima de 50 anos internados em rede hospitalar pública aumentaram, sobretudo, em mulheres com mais de 70 anos, da Região Sudeste do país. As taxas de fraturas do antebraço superaram as taxas de úmero em mulheres de todas as idades e nos homens abaixo de 70 anos.