Análise de biomarcadores renais em pacientes com doença de Fabry

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Braga, Marion Coting [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6643473
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/52445
Resumo: Introdução: Recomenda-se que pacientes com Doença de Fabry realizem acompanhamento renal periódico com o objetivo de evitar a falência renal, uma das principais causas de morte nestes pacientes. Objetivo: Avaliar biomarcadores renais não utilizados na prática clínica de pacientes com Doença de Fabry e comparar com biomarcadores renais utilizados atualmente. Método: Foram quantificados em amostras de sangue e/ou urina os biomarcadores usuais para acompanhamento renal (microalbuminúria, proteinúria e creatinina) bem como os biomarcadores propostos (cistatina C, beta-2-microglobulina, lipocalina associada à gelatinase de neutrófilos (NGAL)) em 40 indivíduos com Doença de Fabry, 39 controles sem doença renal pareados por idade e sexo e 38 controles com doença renal em tratamento de hemodiálise. Resultados: Houve diferença estaticamente significante (p<0,05) tanto nos resultados de soro ou plasma pelo teste de Kruskal-Wallis para cistatina C, NGAL, beta-2-microglobulina, creatinina sérica e taxa de filtração glomerular (TFG) calculada pelos métodos Cockcroft Gault e Modification of Diet in Renal Disease (MDRD) simplificada como em amostras de urina isolada para proteinúria e microalbuminúria pelo teste de Mann-Whitney. Creatinina urinária, pH e densidade urinária não apresentaram diferença estaticamente significante entre os grupos. Todos os parâmetros de avaliação dos biomarcadores renais indicaram a beta-2-microglobulina como melhor biomarcador, seguida de cistatina C, proteinúria e microalbuminúria, respectivamente, enquanto os resultados de NGAL e creatinina urinária não indicam bons preditores de alteração renal. Conclusão: Dos biomarcadores propostos, beta-2-microglobulina em soro mostrou ser o biomarcador renal mais indicado para acompanhamento em pacientes com Doença de Fabry, seguido de cistatina C em plasma. NGAL em plasma demonstrou não ser um bom biomarcador renal. Os resultados de microalbuminúria e proteinúria indicaram alteração renal, porém recomenda-se que análises confirmatórias sejam realizadas. A determinação da TFG por MDRD mostrou ser preferível para a avaliação renal comparada à creatinina sérica. É recomendado que ao menos dois biomarcadores estejam alterados para caracterizar uma alteração renal e, dessa forma, estabelecer a melhor conduta terapêutica para os pacientes com Doença de Fabry.