Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lucena, Leandro dos Reis [UNIFESP0] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71675
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Resumo: |
A insônia é uma das queixas de sono mais comumente observadas na população adulta, principalmente em mulheres, que apresentam risco maior para esta condição. Com o avanço da idade, essas queixas podem aumentar e vir acompanhadas de sintomas psicológicos e dores musculares. Além disso, sabe-se que a insônia está associada a uma série de comorbidades, como aumento de ansiedade e depressão, o que leva a piora na qualidade de vida. O presente projeto constituiu-se de dois estudos abordando temas relacionados com queixas de dor durante a noite, presença ou ausência de sintomas de insônia e qualidade de vida na população feminina. O primeiro estudo foi uma análise transversal em que se analisou a associação entre a presença ou ausência de dor durante o período da noite com a qualidade de vida em mulheres adultas. Nossa hipótese era que as participantes com queixas de dor apresentariam índices prejudicados considerando o nível de ansiedade, depressão, fadiga e na qualidade de vida, em comparação ao grupo sem queixas de dor. Para isso, utilizamos dados do Estudo Epidemiológico do Sono da cidade de São Paulo (EPISONO), conduzido em 2007. Participantes do sexo feminino foram incluídas, sendo então distribuídas em um grupo com queixas de dor e o outro como controle. Para definição dos grupos, foi utilizado a resposta de dois instrumentos, no caso: o Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (IQSP) e o questionário pré-sono (instrumento que mensura o padrão de sono nos últimos meses). Como método de comparação, foram empregados o Índice de Ansiedade de Beck (IAB), Índice de Depressão de Beck (IDB), Questionário de Fadiga de Chalder (QFC), o questionário de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde, versão abreviada (WHOQOL-Bref) e dados provenientes do exame de polissonografia (PSG). Nossos resultados mostraram que houve associação entre a piora no nível de ansiedade, depressão, fadiga e na qualidade de vida nas participantes com queixas de dor. Além disso, as participantes com queixas de dor tinham mais chance de se sentirem fatigadas. Nossa segunda avaliação foi um estudo coorte e teve como objetivo avaliar o impacto dos sintomas de insônia e suas consequências na qualidade de vida e no humor de mulheres ao longo do tempo. Para isso, dados do EPISONO de 2007 e seu acompanhamento realizado com a mesma população em 2015, foram utilizados. Mulheres adultas de todas as faixas etárias foram incluídas e classificadas de acordo com um critério subjetivo para avaliação da presença ou ausência de sintomas de insônia em ambos os momentos. Neste contexto, três instrumentos validados foram utilizados para este fim: o IQSP, Índice de Gravidade de Insônia e o Questionário de Sono UNIFESP. Apenas dados das participantes que foram classificadas com ou sem sintomas de insônia em 2007 e permaneceram no mesmo grupo em 2015, foram incluídas na análise final. O histórico clínico e os dados sociodemográficos serviram como mensuração para observar a diferença ou semelhança dos grupos no período basal (2007) e com passar do tempo (2007 x 2015). Em relação a análise longitudinal, o IAB, IDB, QFC, WHOQOL-Bref e dos dados provenientes dos exames PSG, nos forneceram informações relevantes para avaliar o efeito do grupo, do tempo e a interação entre grupo e tempo. Este estudo levantou a hipótese de que a manutenção das queixas de insônia teria um impacto negativa na percepção de qualidade de vida e humor das participantes. No entanto, considerando a interação entre grupo e tempo, não houve diferença significativas. Apesar disso, nossos resultados evidenciam que as participantes com sintomas de insônia mantiveram índices similares e prejudicados em relação ao humor, qualidade de vida e fadiga, em comparação ao grupo controle. Por fim, o passar do tempo piorou o nível de depressão e fadiga em todas as participantes, independente do grupo. |