A sinovite indolor não tem evolução diferente da dolorosa : um estudo clínico, radiográfico e ultrasonográfico de 1 ano de seguimento em pacientes com artrite reumatoide
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5028025 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50650 |
Resumo: | Objetivo: O objetivo primário deste estudo foi comparar a evolução da sinovite indolor com a sinovite dolorosa de metacarpofalângicas (MCF), segundo achados ultrassonográficos (Gray-scale-GS, Power Doppler-PD e erosão óssea), radiográficos, funcionais e clínicos em pacientes com artrite reumatoide (AR) ao longo de 1 ano. Material e Método: Realizou-se um estudo de coorte prospectivo envolvendo 60 pacientes com AR estabelecida com edema persistente em pelo menos 4 MCFs, divididos em: grupo Sem Dor e grupo Com Dor (30 pacientes com com sinovite indolor e 30 com sinovite dolorosa, respectivamene, em MCFs há mais de 6 meses). Foram avaliados ―cegamente‖ as articulações radiocárpicas (RC), radioulnar distais (RUD) e I-V MCFs bilateralmente por ultrassom (US) e radiografia simples (RX), inicialmente e 12 meses após (T0 e T12). Esses pacientes também foram avaliados clinicamente (dor, edema, testes de força de pinça e preensão palmar), calculado três índices de atividade de doença (DAS 28, SDAI e CDAI) e pesquisado variáveis de piora clínica, de deformidade e de mudança de tratamento nos tempos T0, T6 e T12 meses. Resultados: Foram estudadas 60 mulheres, com média de idade de 58,0 ±12,8 anos e tempo médio de doença 16,4 ± 9,8 anos. Inicialmente, os grupos foram muito semelhantes quanto às características gerais e demográficas. Para a grande maioria das variáveis avaliadas, não se observou diferença entre a evolução intergrupo. No decorrer de 1 ano, apenas o DAS28 e o teste de força de pinça mantiveram-se pior no grupo Com Dor (ps intergrupo<0,042). Observou-se melhora dos seguintes indices de atividade de doença em ambos os grupos (ps intragrupo<0,007): CDAI e SDAI e piora de alguns testes de força no grupo Com Dor (ps intragrupo<0,012): preensão palmar e pinça lateral. Em relação as variáveis de piora clínica e mudança de tratamento, os grupos evoluíram de forma estatisticamente semelhante, no T6 e T12. Não houve diferença entre os grupos para a avaliação radiográfica e para a imensa maioria das variáveis avaliadas pelo US. Houve diferença intergrupo (p<0,05) para as seguintes variáveis ultrassonográficas: erosão no recesso RUD (p=0,017), hipertrofia sinovial (HS) nos recessos IV MCF volar e II e V MCF dorsal (p<0,014), sendo que o grupo Com Dor teve piora do escore de erosão (p intragrupo=0,001) e o Grupo Sem Dor melhorou dois dos escores de HS citados (ps intragrupo<0,001). Algumas variáveis ultrassonográficas apresentaram melhora no decorrer de 1 ano (p intragrupo <0,005) como: HS e PD nos recessos RC, I, II III, V MCF volar e V MCF dorsal em ambos os grupos. Na variável erosão, houve piora dos escores nos seguintes recessos articulares: I e III MCF volar em ambos os grupos (ps intragrupo <0,018). Conclusão: Segundo esse estudo, a sinovite indolor evolui de forma semelhante a sinovite dolorosa ao longo de 1 ano quanto na maioria dos achados clínicos, ultrassonográficos e radiográficas. |