Ultrassonografia musculoesquelética em artrite reumatoide e fibromialgia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Chakr, Rafael Mendonça da Silva
Orientador(a): Brenol, João Carlos Tavares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/87209
Resumo: INTRODUÇÃO Fibromialgia (FM) está presente em 20% dos pacientes com artrite reumatoide (AR), podendo superestimar escore de atividade de doença com 28 articulações (DAS28) e interferir no uso de medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD). Escore ultrassonográfico com sete articulações (US7) para quantificação de proliferação/efusão sinovial por escala de cinza (US7-EC) e de vascularização sinovial por power Doppler (US7-PD) são medidas objetivas de sinovite. OBJETIVOS Avaliar o impacto da FM nos escores US7-EC e US7-PD em pacientes com AR. MÉTODOS Estudo de caso-controle pareado por duração da AR e positividade do fator reumatoide, aninhado a coorte de pacientes com AR. Pontuação de imagens feita de forma cegada. Coeficientes de concordância kappa intraobservador e interobservador com observador externo mais experiente e cegado foram calculados. Coeficientes de correlação de Spearman (rs) para DAS28, US7-EC e US7-PD entre grupos foram calculados. Valores de P<0,05 foram considerados estatisticamente significativos (bicaudal). RESULTADOS Setenta e duas mulheres com 57,5 (49,3-66,8) anos de idade, AR há 13 (6-19) anos e em uso de MMCD convencional (97%) e biológico (18%) foram incluídas: 36 com FM (casos) e 36 sem FM (controles). DAS28 foi maior entre casos: 5,2 (4,3-6,3) vs. 4,0 (3,3-4,6), P<0,001. US7-EC e US7-PD foram iguais entre casos e controles: 10,0 (7,0-11,0) vs. 9,0 (7,0-11,0), P=0,37 e 3,0 (1,0-5,8) vs. 4,0 (2,0-5,0), P=0,87, respectivamente. DAS28, US7-EC e US7-PD se correlacionaram em ambos os grupos (rs=0,35 a 0,39, P<0,05), exceto DAS28 e US7-PD na presença de FM (rs=0,12, P=0,50). CONCLUSÃO FM não impacta a avaliação de sinovite por US7-EC e US7-PD em pacientes com AR. US7-PD parece ser melhor do que US7-EC na identificação de pacientes com AR com DAS28 superestimado pela FM. Estudos longitudinais com alvos terapêuticos baseados em escores clínicos e ultrassonográficos permitirão comparar acurácia dos métodos, bem como conhecer os efeitos no valor do tratamento.