Estudo de validação de um novo escore semiquantitativo para sinovite do joelho em pacientes com artrite idiopática juvenil e sua associação com sintomas clínicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Garcia, Gregory Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17158/tde-10102023-162957/
Resumo: Introdução: A ultrassonografia é uma ferramenta importante para a avaliação na artrite idiopática Juvenil (AIJ). O objetivo do estudo foi avaliar a reprodutibilidade de escore já proposto na literatura visando a graduação ultrassonográfica semiquantitativa de sinovite em pacientes com artrite idiopática juvenil e a possível associação das diferentes graduações de sinovite ao modo B e Power Doppler com dados clínicos. Materiais e métodos: Entre janeiro de 2017 a março de 2020, 68 pacientes consecutivos (média de idade 9,1 anos, DP 3,87 anos, 1-15 anos) com diagnóstico de artrite idiopática juvenil foram incluídos neste estudo. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética local. Dados clínicos, incluindo dor, edema, aumento de temperatura e limitação de movimento, foram registrados para comparação. A sinovite foi graduada ao modo B e Power Doppler (PD) de forma independente e as cegas por dois radiologistas musculoesqueléticos. Para o cálculo da concordância inter e intraobservadorutilizamos o coeficiente kappa ponderado. Para comparar as graduações modo B e PD com os achados clínicos foi utilizado o modelo de regressão log-binomial com efeito aleatório. Todas as análises foram realizadas através do SAS 9.4 considerando um nível de significância p<0,05. Resultados: A concordância intraobservador para a classificação da sinovite foi quase perfeita no modo B (k 0,90 (0,86 - 0,95)) e PD (k 0,84 (0,77 - 0,92)). A concordância interobservador para a graduação da sinovite foi substancial no modo B (k 0,74 (0,66 - 0,81) e PD (k 0,63 (0,53 - 0,73)). US detectou mais sinovite do que o exame clínico em 19,2% dos casos. Estima-se que em média, o grau 0 de sinovite ao modo B teve uma prevalência 44% menor de pelo menos 1 achado clínico quando comparado com o grau 1, 58% menor quando comparado com o grau 2 e 52% menor quando comparado com o grau 3. Para o grau 1 de sinovite ao modo B, estima-se uma prevalência em média 26% menor de pelo menos 1 achado clínico quando comparado com o grau 2. Além disso, em média, o grau 0 de sinovite ao PD teve uma prevalência 51% menor de apresentar pelo menos 1 achado clínico quando comparado com o grau 1 e 41% menor quando comparado com o grau 2. Conclusões: A concordância intraobservador para a graduação de sinovite nos joelhos em pacientes com AIJ no nosso estudo foi quase perfeita e a concordância interobservador foi substancial. A ultrassonografia detectou mais sinovite que o exame físico. A prevalência de achados clínicos é maior nos graus maiores de sinovite.