Comparação intra e pós-operatória de duas técnicas cirúrgicas para simpatectomia torácica com intubação orotraqueal simples

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Reinaldo Agnelo Silveira da [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9759453
https://hdl.handle.net/11600/62479
Resumo: Introdução: A hiperidrose primária é uma doença que acomete 3% da população mundial, caraterizada por aumento da atividade simpática colinérgica, levando ao excesso de suor em extremidades. Não há na literatura estudos que comparem técnicas de simpatectomia torácica com intubação orotraqueal (IOT) simples. O presente estudo comparou duas técnicas cirúrgicas para simpatectomia com IOT simples: carbotórax e apneia. A hipótese do estudo é que a técnica por carbotórax possa diminuir a atelectasia e ter melhor função pulmonar no pós-operatório. Objetivo: Comparar duas técnicas cirúrgicas em relação a espirometria no pós-operatório imediato e tardio e impactos respiratório, hemodinâmico e metabólico no intraoperatório. Método: Estudo clínico, prospectivo e randomizado em 36 pacientes submetidos a simpatectomia torácica por toracoscopia. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: carbotórax (n=18) e apneia (n=18). A espirometria foi comparada no pós-operatório imediato (POI) e 2 semanas após a cirurgia (POT). Os efeitos respiratórios, hemodinâmicos e metabólicos foram avaliados pela mecânica respiratória, frequência respiratória, gasometria arterial e macro hemodinâmica no intraoperatório, além da duração dos procedimentos cirúrgico e anestésico, visualização de costelas intratorácicas, dor e analgesia pós-operatória. Resultados: Em ambos os grupos houve redução da VEF1 e CVF no POI (p<0,001) e normalização no POT (p<0,001), sem diferença entre os grupos (p=0,328). Houve queda de pH (p<0,001) e aumento de PaCO2 (p<0,001) significantes no grupo apneia, com normalização no POI. Não houve diferença macro hemodinâmica. Houve queda significante da saturação de oxigênio (SaO2) ao final do procedimento no grupo apneia (p<0,001). Não houve diferença na dor pós-operatória (p=0,276) e consumo de opióides (p>0,999) na RPA. A técnica por carbotórax possibilitou melhor campo cirúrgico com visualização de maior número de costelas (p=0,007), porém sem diminuição da duração dos procedimentos cirúrgico (p=0,951) e anestésico (p=0,624). Conclusão: A videotoracoscopia para simpatectomia torácica é um procedimento seguro e pouco invasivo. Não há diferença na função pulmonar no pós-operatório entre as duas técnicas, entretanto a técnica por carbotórax apresentou menor queda de SaO2 e pH e menor retenção de CO2, com menor acidose respiratória intraoperatória e melhor qualidade do campo cirúrgico.