Mulheres distópicas: análise de A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes de Suzanne Collins a partir da crítica literária feminista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Palma, Brisa Silva Ribeiro [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71387
Resumo: O presente trabalho apresenta uma análise literária da obra A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes sob a perspectiva da crítica feminista. O aumento de produções do gênero distópico literário e audiovisual foram motivadores para a pesquisa. Os objetivos são: a) compreender a história da distopia na literatura e suas particularidades a partir dos fatos ocorridos em 11 de setembro de 2001; b) analisar como as personagens femininas afetam a construção do protagonista masculino, Coriolanus Snow. Considerando como fundamentos teóricos básicos Vieira (2010), Day, Green-Bateete Montz(2014), Plain e Sellers (2007) apresentamos uma discussão, tecida a partir do ponto de vista feminino, e propomos uma relação entre os conceitos feminismo, cânone literário, distopia e construção de personagem, historicamente, pensados sob a perspectiva masculina. A metodologia adotada foi a leitura cerrada, se aprofundando nos temas pela análise interpretativa. A análise aqui apresentada sugere que o fato de a autora ser uma mulher, bem como as personagens mais próximas do protagonista, pode ser tomado como elemento importante e significativo no sentido de assegurar um lugar de resistência feminina dentro da produção literária ocidental. A análise empreendida aponta para o fato de que a produção literária está intrinsecamente relacionada ao seu tempo, no caso deste estudo, ao nosso presente histórico, que tem se demonstrado como propício para as discussões e desconstruções sobre o papel da mulher no mundo, bem como sobre o papel da literatura no mundo. Assim, o estudo sugere que a obra desafia a ideia de cânone sob dois aspectos: por poder ser considerada literatura e por se configurar como espaço de resistência da voz feminina.