Caminho em ruínas: a distopia de Jogos Vorazes como diagnóstico do tempo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lima, Juliana Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6639
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar a relevância da produção de narrativas distópicas enquanto reflexo da vida cotidiana e seus elementos a partir da obra Jogos Vorazes¸ de Suzanne Collins. Subgênero da Ficção Científica, é característico das distopias apresentar uma trama ambientada em um futuro pós-apocalíptico, visto como um cenário pior do que o tempo presente. Entretanto, após investigar os recursos estilísticos do gênero literário, as especificidades da narrativa e a relação que o leitor/espectador estabelece com o mundo ficcional, constatamos que o futuro imaginado, muito mais do que criar um alarme para o tempo que está por vir, utiliza o imaginário com elementos facilmente identificados no tempo presente, caracterizando críticas implícitas e insatisfações com o cotidiano. Tais elementos puderam ser compreendidos a partir da análise de conceitos político-teóricos presentes na narrativa e do entendimento da representação da realidade através da ficção e a consequente suspensão do cotidiano. Com a comparação das obras distópicas do século XX com a trama de Jogos Vorazes, concluímos também que a mudança do protagonismo da narrativa para o gênero feminino contribuiu para uma jornada de autoconhecimento e fortalecimento da personagem principal, uma quebra de estigma em meio à busca por mudanças efetivas contra o poder dominante.